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Farmacêutica alemã Stada aceita oferta de 4.100 milhões
A Bain Capital e a Cinven melhoraram a sua oferta e a administração da empresa recomendou aos seus accionistas que aceitem a oferta. A Stada é dona da Ciclum, uma distribuidora portuguesa de medicamentos génericos.
A administração da farmacêutica alemã Stada recomendou aos seus accionistas que aceitem uma oferta renovada da norte-americana Bain Capital e da britânica Cinven.
A Stada entrou em Portugal em 2005 através da aquisição da Ciclum, uma distribuidora nacional de medicamentos génericos, num negócio de 31 milhões de euros.
A administração destacou a "atractividade financeira" da oferta, que vale 66,25 euros por acção, incluindo 72 cêntimos por acção, num valor total de 4.100 milhões de euros.
"A administração executiva chegou à conclusão que a actual oferta reflecte apropriadamente tanto o valor da empresa como o potencial de crescimento da Stada", disse o presidente do comité executivo da Stada, Engelbert Coster Tjeenk Willink, citado pelo FT.
A administração da Stada já tinha aceitado uma oferta anterior de 66 euros por acção, mas a mesma não avançou depois dos interessados não terem conseguido assegurar o financiamento suficiente por parte dos seus accionistas.
A oferta inicial foi aceite por 65,52% dos accionistas e a Stada disse que os licitantes já obtiveram os compromissos de investidores que representam 20% das acções da Stada.
O processo de venda da empresa já levou à saída tanto do presidente executivo como do administrador financeiro da empresa, devido a alegadas tensões entre os dois gestores e o comité de supervisão da empresa.
"A Bain Capital e a Cinven são dois fortes parceiros financeiros com extensa experiência na indústria e que se comprometeram à nossa estratégia e com quem o crescimento e os lucros da Stada deverão avançar significativamente nos próximos anos", destacou Engelbert Coster Tjeenk Willink.
A Bain Capital realizou recentemente a sua primeira operação em Portugal, ao comprar uma carteira de crédito mal-parado no valor de 476 milhões de euros à Caixa Geral de Depósitos.