A Euronext Lisbon seguia em queda, numa altura em que as bolsas europeias dão sinal de inverter a tendência de descida com que iniciaram a manhã, com as desvalorizações das acções do BCP e da Brisa a pressionarem o índice.

O PSI-20 caía 0,06% para 7.360,86 pontos, com oito empresas inalteradas, sete em queda e cinco a subir. Na Europa, o FTSE [UKX] e o CAC-40 [CAC] já tinham invertido a tendência de queda com que iniciaram o dia, enquanto DAX, IBEX e AEX seguiam a perder.

O Banco Comercial Português (BCP) [BCP] caía 0,51% para 1,95 euros. A venda do ramo não vida da Seguros e Pensões (S&P) do banco ao grupo Caixa Geral de Depósitos (CGD) deverá estar concluído antes do final do mês, segundo avança o «Diário Económico». A S&P, unidade que agrega os activos de seguros do BCP, foi avaliada em 1,05 mil milhões de euros pela Espírito Santo Research (ESR), um valor que supera em 155 milhões de euros uma recente avaliação do ING.

O Banco Espírito Santo (BES) [BESNN] mantinha-se inalterado nos 13,61 euros. O banco será, a par do BCP, o que mais beneficia com uma subida das taxas de juro, segundo um estudo da JP Morgan. O Banco BPI [BPIN] perdia 0,33% para os 3,00 euros.

A Portugal Telecom (PT) [PT] subia 0,34% para 8,83 euros. A empresa negociou acima dos 9,00 euros na sessão de ontem, recuando no final do dia. Hoje, o título segue com cerca de 830 mil acções negociadas. A PT Multimédia [PTM] crescia 0,28% para 18,05 euros.

A Brisa [BRISA] perdia 0,85% para 5,80 euros. O Governador do Estado do Paraná, no Brasil, lançou críticas à empresa, dizendo que o contrato celebrado entre a participada da Brisa no Brasil, CCR, e o anterior Governo foi um «trambique público» e que ficaria satisfeito se a empresa portuguesa não investisse mais no Brasil.

A Electricidade de Portugal (EDP) [EDP] avançava 0,44% para 2,26 euros. A Autoridade da Concorrência vai intervir no processo de decisão sobre a concentração do gás e da electricidade, uma vez que Bruxelas decidiu «partilhar com a autoridade nacional a apreciação» do dossier, confirmou Abel Mateus ao Jornal de Negócios.

Os direitos de subscrição do aumento de capital da Jerónimo Martins [JMAR] subiam 3,85% para 1,08 euros. As acções da empresa ganhavam 1,19% para 8,50 euros.