Notícia
EUA já exportaram em abril 1,5 milhões de barris de crude por dia para a Europa
No que diz respeito a alternativas para a UE se abastecer de petróleo, fora da Rússia, Mário Martins, analista da ActivTrades, aponta também o aumento da produção no norte da Europa como uma possibilidade.
Com o Kremlim a não levar muito a sério o embargo já anunciado esta semana pela Comissão Europeia ao petróleo russo, como parte do sexto pacote de sanções que será votado pelos 27, as opiniões dos analistas dividem-se.
Se alguns acham possível a teoria russa de que o crude e os produtos refinados do segundo maior produtor mundial vão continuar a chegar à Europa, vendidos por países terceiros e a preços mais caros, outros defendem que a UE terá mesmo de colocar em prática regras apertadas para evitar que assim que o embargo esteja em vigor se evite que empresas e países incumpridores tentem vender aos Estados-Membros "gato por lebre". Ou seja, petróleo russo de forma "encapotada".
Outra estratégia passa por diversificar fornecedores. No que diz respeito a alternativas para a UE se abastecer de petróleo, fora da Rússia, Mário Martins, analista da ActivTrades, aponta o aumento da produção no norte da Europa como uma possibilidade.
"Mas para compensar a totalidade do crude russo importado pela UE não existe uma solução única, poderá ser uma conjugação de fontes alternativas, OPEP, Irão (caso sejam levantadas as sanções), EUA e Canadá. Em Abril por exemplo os EUA já exportaram 1,5 milhões de barris de crude por dia para a Europa, um dos meses com maior volume de sempre".
"O movimento logístico marítimo será alvo de monitorização extraordinária, para além dos intermediários utilizados em algumas acquisições, como a Vitol, a principal casa de negociação de crude, que já indicou que deixará de negociar crude russo", explicou ao Negócios o analista.
Além disso, garante, "os impedimentos logísticos só por si impossibilitam que a Rússia venda a outros países o crude que deixará de vender à UE. O desvio de petróleo russo da Europa para a Ásia não é exequível no curto-médio prazo por falta de soluções de transporte. Seriam precisos mais de 80 petroleiros de grande capacidade, que não existem, para manter um fluxo constante de parte da produção russa para a China ou Índia, por exemplo".
A curto prazo, os impactos passam sobretudo pelo "aumento do preço do petróleo de forma mais duradoura, com todas as consequências ao nível dos custos energéticos de forma directa e na inflação geral de forma indirecta", refere ainda o analista da ActivTrades.
Se alguns acham possível a teoria russa de que o crude e os produtos refinados do segundo maior produtor mundial vão continuar a chegar à Europa, vendidos por países terceiros e a preços mais caros, outros defendem que a UE terá mesmo de colocar em prática regras apertadas para evitar que assim que o embargo esteja em vigor se evite que empresas e países incumpridores tentem vender aos Estados-Membros "gato por lebre". Ou seja, petróleo russo de forma "encapotada".
"Mas para compensar a totalidade do crude russo importado pela UE não existe uma solução única, poderá ser uma conjugação de fontes alternativas, OPEP, Irão (caso sejam levantadas as sanções), EUA e Canadá. Em Abril por exemplo os EUA já exportaram 1,5 milhões de barris de crude por dia para a Europa, um dos meses com maior volume de sempre".
"O movimento logístico marítimo será alvo de monitorização extraordinária, para além dos intermediários utilizados em algumas acquisições, como a Vitol, a principal casa de negociação de crude, que já indicou que deixará de negociar crude russo", explicou ao Negócios o analista.
Além disso, garante, "os impedimentos logísticos só por si impossibilitam que a Rússia venda a outros países o crude que deixará de vender à UE. O desvio de petróleo russo da Europa para a Ásia não é exequível no curto-médio prazo por falta de soluções de transporte. Seriam precisos mais de 80 petroleiros de grande capacidade, que não existem, para manter um fluxo constante de parte da produção russa para a China ou Índia, por exemplo".
A curto prazo, os impactos passam sobretudo pelo "aumento do preço do petróleo de forma mais duradoura, com todas as consequências ao nível dos custos energéticos de forma directa e na inflação geral de forma indirecta", refere ainda o analista da ActivTrades.