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Estoril-Sol avança para despedimento colectivo de 38 trabalhadores (act.)

A Estoril-Sol avançou para o despedimento colectivo de 38 trabalhadores que irá representar um custo de 1,8 milhões de euros, segundo informou a concessionária em comunicado.

05 de Julho de 2012 às 19:34
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A Estoril-Sol diz, no mesmo documento, que “já informou a Comissão de Trabalhadores e o competente organismo do Ministério da Economia e do Emprego da sua intenção de proceder à cessação de 38 contratos de trabalho da áreas de Food & Beverage, Jogo e Direcção Geral de Operações”.

A empresa estima que haja um “custo associado a este processo de um milhão e oitocentos mil euros, que irá gerar uma economia anual de cerca de oitocentos e oitenta mil euros”.

"Ainda estamos numa fase embrionária, só agora vamos começar a falar com a administração, mas isto é um claro desinvestimento na área de 'food & beverage"", disse ao Negócios, Nuno Benodis, coordenador da Comissão de Trabalhadores da Estoril-Sol.

Os 38 trabalhadores são todos do Casino do Estoril, onde em 2010 já havia ocorrido um despedimento colectivo. "Estamos a falar com trabalhadores com uma massa salarial de 50 mil euros por ano, na casa dos 40 anos e com 10 a 20 anos de casa", explicou o mesmo responsável.

Nuno Benodis acusa a empresa de estar a trocar trabalhadores da casa por "outsourcing", enquanto "mantêm o mesmo número de administradores e estamos a falar de uma empresa que tem lucros".

O coordenador quando questionado se a comissão previa avançar com alguma providência cautelar para cancelar o despedimento colectivo disse: "tudo está em cima da mesa, mas é um processo que demora muito tempo e que por vezes não justifica".

Só o Casino do Estoril-Sol emprega 347 trabalhadores que juntamente com o Casino de Lisboa totalizam cerca de 600 trabalhadores

Em 2010, a Estoril-Sol avançou para o despedimento colectivo de 112 trabalhadores do Casino do Estoril, a estes juntaram-se mais 20 que aceitaram chegar a acordo com a empresa.

Na altura, esta diminuição de efectivos teve custos para a empresa, em indemnizações, que totalizaram 8,8 milhões de euros”, adiantou a empresa em comunicado.

Mário Assis Ferreira, presidente do grupo, referiu, em comunicado, na época, que “se não tomássemos estas medidas os resultados consolidados para o Grupo (englobando a Varzim Sol) não seriam de 4,3 milhões de euros, mas, sim, de 13,1 milhões de euros, atendendo ao valor somado das indemnizações”.

O Negócios tentou contactar a Estoril-Sol, mas até ao momento não foi possível obter esclarecimentos adicionais.

No final de 2011, a Estoril-Sol contava com 650 trabalhadores, dos quais 461 pertencem ao jogo e 145 às operações de jogo, os restantes 44 pertencem à administração e aos órgãos sociais.

Os “Proveitos operacionais” consolidados de 2011, atingiram os 221,8 milhões de euros, registando uma quebra de 7,1%. Neste ano, em termos consolidados, o grupo registou prejuízos de 8,3 milhões de euros, reflectindo a amortização do “Goodwill” e os resultados líquidos apurados pelas empresas do Grupo.

O Casino Estoril obteve, em 2011, proveitos de jogo no montante de 71,3 milhões de Euros, ou seja, menos 5,7 milhões de euros que os obtidos no exercício de 2010. Nos últimos três anos o Casino Estoril teve uma diminuição de 24,5 milhões de euros em receitas de jogo.

O Casino Lisboa obteve, em 2011, receitas de jogo no montante de 88,1 milhões de Euros que comparam com 91,9 milhões de Euros gerados no ano precedente, ou seja, uma diminuição de receitas no montante de cerca de 3,8 milhões de Euros. Nos últimos três anos, o Casino Lisboa teve uma diminuição de 9,2 milhões de euros em receitas de jogo.

(Actualizada às 8:09 com declarações do coordenador da Comissão de Trabalhadores da Estoril-Sol)
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