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Espanha, Alemanha e EUA puxam forte pelas exportações têxteis
As exportações da indústria têxtil e de vestuário aumentaram 18% em Março, com o sector a fechar o conjunto do primeiro trimestre do ano com um crescimento homólogo de 7%, para 1,364 mil milhões de euros. A força das compras de Espanha, Alemanha e Estados Unidos foi determinante.
Há precisamente um mês, o Negócios noticiava que Espanha tinha sido o principal responsável pela travagem do crescimento das exportações da indústria portuguesa de têxtil e de vestuário nos primeiros dois meses deste ano.
Mas eis que a mesma Espanha, que é o maior cliente desta indústria, valendo um terço (33%) das exportações, voltou a aumentar as suas compras de têxteis e vestuário a Portugal - no acumulado de Janeiro a Março, as transacções para aquele mercado atingiram 444 milhões de euros, mais 11,5 milhões do que no mesmo período do ano passado.
Segundo a associação patronal portuguesa do sector (ATP), com base em dados do INE, o mercado que mais cresceu, no primeiro trimestre do ano, foi o da Alemanha, com um aumento de 16,3 milhões para 130 milhões de euros.
Merece também destaque a performance das exportações para os Estados Unidos, quinto maior clientes desta indústria, que cresceram 10,2 milhões para 73 milhões de euros.
Já as exportações para o segundo maior cliente, a França, aumentaram 5%, totalizando 182 milhões de euros, e para o quarto maior, o Reino Unido, 2%, fixando-se em 109 milhões de euros.
Em termos de categorias de produtos, entre Janeiro e Março as exportações de matérias têxteis aumentaram 12% (para 356 milhões de euros), as de vestuário 6% (para 837 milhões) e as de têxteis-lar e outros artigos têxteis confeccionados quase 5% (para 171 milhões de euros).
"O saldo da balança comercial dos têxteis e vestuário, neste trimestre, ascendeu a 380 milhões de euros, com uma taxa de cobertura de 139%", remata a ATP.
Depois de ter superado a fasquia dos cinco mil milhões de euros, o que já não acontecia desde 2001, a indústria têxtil fixou agora como meta atingir os 5,5 mil milhões de euros em 2020.