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Energias do Brasil não vai disputar novas barragens em leilão no Brasil

A Energias do Brasil não vai disputar o leilão de novas barragens em território brasileiro marcado para sexta-feira, por considerar que, o retorno dos futuros investimentos, não atinge os patamares definidos a nível estratégico, disse ao Jornal de Negócio

14 de Dezembro de 2005 às 13:42
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A Energias do Brasil não vai disputar o leilão de novas barragens em território brasileiro marcado para sexta-feira, por considerar que, o retorno dos futuros investimentos, não atinge os patamares definidos a nível estratégico, disse ao Jornal de Negócios Online, Vasco Barcellos, director de relações com Investidores da participada da EDP.

O responsável ressalva, no entanto, que a empresa poderá participar, caso, até ao final do dia de hoje, hajam mudanças nos preços mínimos do leilão. «Estamos pré-qualificados. Se o preço de referência mudasse, ainda poderia haver uma hipótese de participarmos. Mas temos 99,9% de indicação que não vamos participar», avaliou o responsável.

Hoje termina o prazo para a entrega de garantias com vista à compra de energia nova e ao licenciamento ambiental das novas centrais hidroeléctricas.

Assim que saiu o edital (caderno de encargos), feitas as contas, a administração da Energias do Brasil já equacionava ficar de fora deste leilão, deixando claro que não dependia deste leilão para crescer em geração eléctrica no Brasil.

Vasco Barcellos confirmou hoje as palavras recentes de Martins da Costa, presidente executivo da Energias do Brasil. «Sempre falámos que temos o propósito de crescer em geração hidroeléctrica. Quer através de leilões de energia nova, podem haver outros no futuro em que nós participemos, ou através de aquisições de projectos já operativos ou em desenvolvimento», reforçou, sem especificar quais os alvos da companhia.

A decisão de ficar fora dos leilões deste ano foi baseada nas fórmulas de cálculo internas da Energias do Brasil em que em nenhum dos quatro alvos (que estavam a ser analisados) era possível obter «um retorno do investimento de 15% ano». Por isso, «tudo indica que não vamos», acrescentou.

A empresa tinha escolhida a estatal brasileira Furnas para participar nos leilões que já disse, estar interessada, em pelo menos uma central que dará um retorno de 10%. Aos projectos já existentes, a empresa portuguesa analisará caso a caso para ver se comprará com parceiros.

Nem mesmo os benefícios fiscais e as recentes mudanças no financiamento dos projectos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social (BNDES) foram bastante para mudar a postura da empresa.

«Tudo foi contemplado, até essas mudanças. Melhoraram o retorno mas não atingiu a nossa disciplina financeira», disse Barcellos. «Queremos crescer mas com criação de valor», declarou a mesma fonte.

Mas a Energias do Brasil vai estar presente no leilão como vendedora de energia. A empresa vai vender energia da quarta turbina da central Mascarenhas e uma parte de energia da central Lajeado, lembrou o responsável.

*Correspondente em São Paulo

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