Notícia
Endesa reduz lucro em 31% para os 338 milhões no primeiro trimestre
Apesar dos preços elevados do gás natural entre janeiro e março terem causado maus resultados, a Endesa mantém as suas previsões para 2022 e um lucro líquido de 1.800 milhões de euros.
10 de Maio de 2022 às 10:41
O grupo espanhol Endesa registou lucros de 338 milhões de euros no primeiro trimestre, menos 31,2% do que no mesmo período de 2021, mas afirma que excluídos os impactos extraordinários em 2021 teria tido um crescimento de 14%.
A empresa que opera na distribuição de gás natural e na geração e distribuição de energia elétrica explica em comunicado publicado na Comissão Nacional do Mercado de Valores Mobiliários espanhola (CNMV) que em 2021 recebeu um montante extraordinário de 194 milhões de euros numa decisão judicial que reconheceu que deveria ser compensado pela sua remuneração como gerador de direitos de emissão de CO2.
A Endesa assegura que, apesar da deterioração do cenário macroeconómico e dos elevados preços das matérias-primas, especialmente do gás natural entre janeiro e março (em médio 350% más caro que há um ano), mantém as suas previsões para 2022 como um todo, que são de um resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) de 4.100 milhões de euros e um lucro líquido de 1.800 milhões de euros.
"Começámos o ano enfrentando uma conjuntura ainda mais desafiante que a de 2021, marcada pelas tensões macroeconómicas derivadas do impacto da guerra na Ucrânia e pelo impacto deste conflito num mercado de matérias primas já muito inflacionado há vários meses, disse José Bogas, presidente da Endesa em Espanha.
O EBITDA nos três primeiros meses do ano foi de 914 milhões de euros, 10,4% menos do que um ano antes, apesar de sem ter em conta a referida decisão do tribunal teria crescido 9,9%.
As receitas da Endesa totalizaram 7.596 milhões de euros, mais 59,1% do que no primeiro trimestre de 2021.
Por outro lado, as receitas das vendas de eletricidade no mercado não regulado foram de 3.417 milhões de euros, um aumento de 58,7% (um aumento de 62,2% em Espanha e de 36,1% em Portugal).
As receitas das vendas de eletricidade no mercado regulado aumentaram 77% no primeiro trimestre, para 961 milhões de euros, como resultado do aumento do preço da eletricidade no mercado grossista, apesar de uma diminuição de 13,1% no número de clientes no mercado regulado e de uma diminuição de 14,2% nas unidades físicas (gigawatt horas) vendidas.
As receitas das vendas para o mercado grossista no primeiro trimestre de 2022 duplicaram (145,6%) para 857 milhões de euros, devido a um aumento de 11% das unidades vendidas (gigawatt horas) e à evolução dos preços da eletricidade durante o período, que atingiu máximos recordes com a invasão russa da Ucrânia.
Renováveis em expansão em Portugal
A Endesa dá conta de que prevê que 90% da potencia renovável (já em funcionamento ou execução) entre em operação em 2022. Já a que se encontra em pipeline, 70% está programada para 2023. Na prática tratam-se de 2.000 MW de potência renovável (metade do que está previsto no plano estratégico 2022-2024) e conta também com 8.000 MW de potência em avançado estado de tramitação administrativa, em Espanha e Portugal.
Só entre janeiro e março deste ano, a elétrica destaca dois projetos importantes para aumentar a capacidade renovável em Portugal. A começar pelo primeiro lugar no concurso do Pego, onde a Endesa investirá 600 milhões de euros para instalar 365 MW fotovoltaicos, 264 MW eólicos e 168 MW de baterias, junto a un electrolisador de 500kW para produzir hidrógénio verde. Tudo isto para aproveitar parte da capacidade de conexão à rede elétrica que ficou livre com o encerramento da central a carvão em novrmbro.
Além disso, no leilão do solar flutuante organizado pelo Governo português, a Endesa licitou e terá agora de construir o seu primeiro projeto fotovoltaico flutuante numa barragem portuguesa. Mais concretamente são 43,5 MW na barragem do Alto Rabagão, um porjeto híbrido com 48 MW de energia eólica e 48 MW de baterías.
A empresa que opera na distribuição de gás natural e na geração e distribuição de energia elétrica explica em comunicado publicado na Comissão Nacional do Mercado de Valores Mobiliários espanhola (CNMV) que em 2021 recebeu um montante extraordinário de 194 milhões de euros numa decisão judicial que reconheceu que deveria ser compensado pela sua remuneração como gerador de direitos de emissão de CO2.
"Começámos o ano enfrentando uma conjuntura ainda mais desafiante que a de 2021, marcada pelas tensões macroeconómicas derivadas do impacto da guerra na Ucrânia e pelo impacto deste conflito num mercado de matérias primas já muito inflacionado há vários meses, disse José Bogas, presidente da Endesa em Espanha.
O EBITDA nos três primeiros meses do ano foi de 914 milhões de euros, 10,4% menos do que um ano antes, apesar de sem ter em conta a referida decisão do tribunal teria crescido 9,9%.
As receitas da Endesa totalizaram 7.596 milhões de euros, mais 59,1% do que no primeiro trimestre de 2021.
Por outro lado, as receitas das vendas de eletricidade no mercado não regulado foram de 3.417 milhões de euros, um aumento de 58,7% (um aumento de 62,2% em Espanha e de 36,1% em Portugal).
As receitas das vendas de eletricidade no mercado regulado aumentaram 77% no primeiro trimestre, para 961 milhões de euros, como resultado do aumento do preço da eletricidade no mercado grossista, apesar de uma diminuição de 13,1% no número de clientes no mercado regulado e de uma diminuição de 14,2% nas unidades físicas (gigawatt horas) vendidas.
As receitas das vendas para o mercado grossista no primeiro trimestre de 2022 duplicaram (145,6%) para 857 milhões de euros, devido a um aumento de 11% das unidades vendidas (gigawatt horas) e à evolução dos preços da eletricidade durante o período, que atingiu máximos recordes com a invasão russa da Ucrânia.
Renováveis em expansão em Portugal
A Endesa dá conta de que prevê que 90% da potencia renovável (já em funcionamento ou execução) entre em operação em 2022. Já a que se encontra em pipeline, 70% está programada para 2023. Na prática tratam-se de 2.000 MW de potência renovável (metade do que está previsto no plano estratégico 2022-2024) e conta também com 8.000 MW de potência em avançado estado de tramitação administrativa, em Espanha e Portugal.
Só entre janeiro e março deste ano, a elétrica destaca dois projetos importantes para aumentar a capacidade renovável em Portugal. A começar pelo primeiro lugar no concurso do Pego, onde a Endesa investirá 600 milhões de euros para instalar 365 MW fotovoltaicos, 264 MW eólicos e 168 MW de baterias, junto a un electrolisador de 500kW para produzir hidrógénio verde. Tudo isto para aproveitar parte da capacidade de conexão à rede elétrica que ficou livre com o encerramento da central a carvão em novrmbro.
Além disso, no leilão do solar flutuante organizado pelo Governo português, a Endesa licitou e terá agora de construir o seu primeiro projeto fotovoltaico flutuante numa barragem portuguesa. Mais concretamente são 43,5 MW na barragem do Alto Rabagão, um porjeto híbrido com 48 MW de energia eólica e 48 MW de baterías.