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EnBW diz «mantém conversações» com EDP para solução na Cantábrico

A EnBW está a manter negociações com a Electricidade de Portugal (EDP) e a Cajastur, com vista a conseguir uma «solução negociada» para a gestão da Hidrocantábrico, disse hoje a eléctrica alemã em comunicado.

15 de Outubro de 2001 às 14:55
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A EnBW está a manter negociações com a Electricidade de Portugal (EDP) e a Cajastur, com vista a conseguir uma «solução negociada» para a gestão da Hidrocantábrico, disse hoje a eléctrica alemã em comunicado.

De acordo com o referido comunicado, a EnBW «está a manter conversações com a EDP e a Cajastur, com o propósito de conseguir uma solução negociada, que respeite o interesse geral da Hidrocantábrico».

A companhia germânica, participada da Eléctricité de France (EDF), sublinhou que estas negociações devem-se «à existência de dois grupos accionistas que manifestaram a sua vontade de permanecer como accionistas» da quarta eléctrica do país vizinho.

A EnBW apoiou uma oferta pública de aquisição (OPA) lançada pela espanhola Ferroatlántica, sobre a Hidrocantábrico, tendo assegurado, desse modo, uma posição de 59,66% no capital da eléctrica asturiana.

A EDP [EDP] e a Cajastur lançaram uma OPA concorrente, através de uma sociedade formada para o efeito e denominada Adygensival, garantindo uma participação de 19,2% no capital da empresa, a que acresce uma posição na ordem dos 15% controlada pela Cajastur.

No entanto, os estatutos da Hidrocantábrico encontram-se blindados, com os accionistas a não poderem exercer os direitos de voto correspondentes a mais de 10% do capital, sendo necessária uma maioria de 75% dos votos em assembleia geral (AG) de accionistas para inviabilizar esta regra.

Devido a este facto, a EDP e a Cajastur podem votar com 20% nas AGs da Hidrocantábrico, enquanto a EnBW e a Ferroatlántica apenas podem votar com 10% do capital, pelo que a posição da eléctrica nacional e da sua parceira funciona como uma força de bloqueio.

O presidente da EDP, Francisco Sánchez, afirmou na apresentação dos resultados semestrais que a eléctrica portuguesa e a Cajastur pretendem garantir uma «posição accionista maioritária de controlo» na Hidrocantábrico.

O mesmo responsável adiantou, na altura, que estavam a decorrer negociações com a EnBW e que estava confiante em que as mesmas viessem a resultar na tomada do controle da gestão da Hidrocantábrico por parte da EDP.

Os direitos de voto da EDP e da EnBW no capital da Hidrocantábrico estiveram suspensos até há passada sexta-feira, altura em que o Governo espanhol, em Conselho de Ministros, autorizou o seu exercício.

As acções da EDP seguiam a perder 3,45% para os 2,80 euros (561 escudos).

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