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Empresas públicas reduzem prejuízos para 408 milhões

As empresas de transportes continuaram, em 2016, a ser as principais responsáveis pelas perdas do Sector Empresarial do Estado. A dívida das empresas públicas recuou 4% no ano passado.

13 de Outubro de 2017 às 19:49
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O resultado líquido das empresas públicas não financeiras melhorou cerca de 557 milhões de euros (55%) em 2016 relativamente ao ano anterior, com os prejuízos a diminuírem para 456 milhões de euros face aos mais de mil milhões em 2015.

Já as empresas públicas financeiras, de acordo com o boletim informativo do Sector Empresarial do Estado (SEE) relativo ao quarto trimestre de 2016, apresentaram um decréscimo do resultado líquido de cerca de 552 milhões em termos homólogos, justificado essencialmente com os resultados da Parpública.

Segundo o documento da Unidade Técnica de Acompanhamento e Monitorização do SEE (UTAM), estas empresas registaram um resultado líquido positivo de 48,3 milhões de euros, que contrasta com os mais de 600 milhões obtidos um ano antes.

No global, o SEE registou no ano passado perdas de 407,7 milhões de euros, menos 5,2 milhões do que em 2015.

De acordo com o boletim trimestral, o resultado líquido executado superou, também, o expresso nos orçamentos das empresas em cerca de 532 milhões de euros, o que representa um desvio positivo face à previsão da ordem dos 57%.

O sector dos transportes e armazenagem continuou a ser o principal responsável pelos prejuízos do Sector Empresarial, ao reportar perdas de 298 milhões de euros (uma melhoria de 45% face aos 541 milhões de 2015). Seguiram-se as empresas da área da saúde, responsáveis por um prejuízo de 165,6 milhões de euros.

A Entidade Nacional para o Mercado de Combustíveis (ENMC) foi a que registou o maior acréscimo do resultado líquido, de cerca de 163 milhões de euros, seguindo-se a CP, com mais 134 milhões, a Parvalorem, a Sociedade Portuguesa de Empreendimentos e a Metro do Porto.

Pelo contrário, a Parpública, a Águas de Portugal e a Empordef foram as empresas com maior decréscimo dos resultados. No caso da holding que gere as participações do Estado, o decréscimo foi de cerca de 501 milhões, devido à evolução negativa do EBITDA. Uma variação que, diz a UTAM, é explicada pelo rendimento obtido em 2015 resultante da reversão das provisões no montante dos capitais próprios negativos evidenciados nas demonstrações financeiras do grupo TAP, rendimento que não se repercutiu em 2016.

Dívida desce 1,2 mil milhões

 

A dívida remunerada das empresas públicas no final de 2016 era da ordem dos 31,3 mil milhões de euros, um valor que representa uma diminuição de 4% - 1,2 mil milhões – face a 2015, quando ultrapassava os 32,5 mil milhões.

De acordo com a UTAM, apenas dois sectores registaram um crescimento do seu passivo remunerado: as gestoras de património, resultante do aumento do passivo remunerado da Águas de Portugal e da Parvalorem, e o sector da informação e comunicação, devido ao aumento do passivo remunerado da RTP.

O sector dos transportes e armazenagem responde por 19,5 mil milhões de euros de dívida, menos 5% do que os 20,4 mil milhões de euros registados em 2015.

A CP foi a empresa que registou o maior decréscimo do endividamento no ano passado, seguindo-se o Metropolitano de Lisboa, a Parpública e a Estamo.


A dívida remunerada da Infraestruturas de Portugal, que resultou da fusão da Estradas de Portugal com a Refer, era no final de 2016 de 8,3 mil milhões de euros. Seguia-se o Metropolitano de Lisboa, com quase 3,5 mil milhões, o Metro do Porto com cerca de 3,4 mil milhões e a CP com três mil milhões.

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