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Electrão recolheu mais 90% de pilhas e baterias, mas muitas ainda vão parar ao lixo indiferenciado

O Electrão, sociedade que detém a maior quota de mercado na gestão de equipamentos elétricos usados, destaca "evolução positiva" de pilhas e baterias enviadas para reciclagem no ano passado, mas adverte ser "manifestamente insuficiente face às quantidades disponíveis para recolha".

Paulo Duarte
15 de Fevereiro de 2024 às 11:36
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O Electrão recolheu e enviou para a reciclagem 1.227 toneladas de pilhas e baterias usadas em 2023, o que representa um aumento de 90% face às 644 toneladas valorizadas no ano anterior, mas sustenta tratar-se de um volume "manifestamente insuficiente".

"Apesar da evolução positiva", a sociedade que detém a maior quota de mercado na gestão de equipamentos elétricos usados alerta que "muito deste material continua a ser depositado no lixo indiferenciado".

O "aumento exponencial" da reciclagem de pilhas e baterias verificou-se sobretudo nas baterias industriais que registaram uma evolução de 363 toneladas recicladas em 2022 para 891 toneladas em 2023, refletindo um aumento de 145%, maioritariamente proveniente de atividades empresariais e industriais, explica o Electrão. Já para as pilhas e baterias portáveis - normalmente encontradas em comandos, brinquedos, telemóveis e computadores - o aumento registado foi de 19%, com 335 toneladas recolhidas, em 2023, face às 281 toneladas reunidas em 2022.

Segundo a sociedade gestora, "a evolução registada em 2023 foi alcançada graças à colaboração de municípios, comerciantes, empresas, instituições, operadores de gestão de resíduos e ao trabalho desenvolvido pela equipa operacional do Electrão, mas está muito associada, especialmente no caso das pilhas e baterias portáteis, ao aumento do número de pontos de recolha, que cresceu 17%", existindo atualmente à disposição do cidadão 7.212 locais, mais 1.060 do que em 2022.

"O Electrão e os seus parceiros oferecem cada vez mais soluções de recolha de proximidade que facilitam a vida ao cidadão. Foi este esforço que permitiu atingir o crescimento registado em 2023. Em 2024 queremos subir ainda mais a fasquia", diz o diretor-geral do Electrão, Ricardo Furtado, citado num comunicado enviado às redações.

O mesmo responsável ressalva, porém, que "apesar dos bons resultados alcançados as quantidades recolhidas equivalem apenas a cerca de 100 gramas por pessoa, pouco mais de duas pilhas, o que é ainda manifestamente insuficiente face às quantidades disponíveis para recolha". "Para conseguirmos melhores resultados precisamos de contar com a colaboração de cidadãos mais conscientes. Muitas pilhas e baterias continuam a ser erradamente colocadas no lixo indiferenciado sem que sejam tratadas e recicladas", alerta.
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