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O Electrão recolheu, ao longo do ano passado, quase 500 toneladas de eletrodomésticos porta a porta, ou seja, mais do dobro face a 2023.
Em comunicado, enviado esta quarta-feira às redações, a entidade gestora detalha que as mais de 457 toneladas de equipamentos elétricos usados, recolhidas e enviadas para reciclagem, ao longo do ano passado, representam um aumento de 125%, em relação às 203 toneladas recolhidas em 2023.
Em 2024, este sistema de recolha diretamente na casa do cidadão abarcou nove municípios da Área Metropolitana de Lisboa - Almada, Amadora, Lisboa, Mafra, Loures, Moita, Odivelas, Palmela e Seixal - servindo mais de 25% da população portuguesa, indica o Electrão, apontando que, este ano, se pretende alargar o serviço, gratuito, a outros concelhos do país.
A campanha porta a porta arrancou em 2021, inicialmente em formato de projeto piloto, com o Electrão a sublinhar que "tem registado resultados que superam as expetativas mais otimistas", com um total de 780 toneladas recolhidas.
Em média, por dia, são efetuadas dez recolhas com um peso aproximado de 70 quilos, especifica, indicando que a maioria das famílias entrega para reciclagem mais do que um equipamento elétrico. Os grandes equipamentos elétricos, como máquinas de lavar e secar, estão no top das tipologias mais recolhidas em 2024, tendo em conta o peso, com 188 toneladas encaminhadas para reciclagem. Seguem-se os equipamentos de frio, como arcas congeladoras e frigoríficos (184 toneladas). Depois surgem os ecrãs e monitores (42 toneladas), os pequenos equipamentos (33 toneladas) e os equipamentos informáticos de pequenas dimensões (nove toneladas).
No decorrer das recolhas porta a porta foram ainda reunidos mais de mil quilos de pilhas e baterias, 538 quilos de lâmpadas e 298 quilos de consumíveis de impressão, indica o Electrão que gere uma rede de recolha de equipamentos elétricos e pilhas usadas com mais de 13.600 locais de recolha dispersos por todo o território nacional e é também responsável pela reciclagem de embalagens em todo o país.
"Para dar resposta à elevada procura deste serviço, completamente gratuito, o Electrão tem investido na aquisição de novas viaturas e apostado no reforço de recursos humanos de forma a continuar a assegurar o agendamento rápido, que tem ajudado a registar altos níveis de satisfação por parte do cidadão", diz o diretor-geral de Elétricos e Pilhas do Electrão, Ricardo Furtado, citado na mesma nota.
"Este projeto do Electrão ajuda a combater a tendência de acumulação de equipamentos elétricos nos domicílios e o fenómeno do mercado paralelo", enfatiza a entidade gestora, apontando que "muitos dos equipamentos elétricos deixados na via pública para recolha posterior por parte dos serviços municipais são desviados por agentes do mercado informal", o que "impede que estes aparelhos sejam corretamente tratados, o que acarreta graves consequências para a saúde pública e ambiente".