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Electrão enviou para reciclagem mais 31% de equipamentos elétricos em 2024
A Electrão, que detém a maior quota de mercado na gestão de equipamentos elétricos usados, adianta ter ainda recolhido ao longo do ano passado mais de 36 mil toneladas, Recolha de aparelhos de grandes dimensões, como frigoríficos, subiu 43% face a 2023.
O Electrão recolheu e encaminhou para a reciclagem 36.381 toneladas de equipamentos elétricos no ano passado, um aumento de 31% face a 2023 (27.000 toneladas) e de 52% face a 2022 (quase 24.000), mas assinala que, "apesar dos resultados positivos", Portugal ainda não cumpre as metas europeias e existem problemas que persistem, como sejam a acumulação de aparelhos nas casas e o mercado paralelo.
Em comunicado, enviado esta quinta-feira às redações, a entidade gestora especifica que foram os equipamentos de grandes dimensões, como máquinas de lavar roupa ou frigoríficos (22.233 toneladas) que os cidadãos mais entregaram para reciclagem, refletindo um crescimento na ordem dos 43% em relação a 2023. Um crescimento que - aponta - "assume particular importância tendo em conta o problema do mercado paralelo", em que "equipamentos de grandes dimensões são desviados do circuito formal e não chegam às unidades de tratamento, onde seriam corretamente descontaminados e reciclados". Em segundo lugar surgem aparelhos como aspiradores, torradeiras ou ferros de engomar (6.837 toneladas). Foram ainda recolhidas 4.470 toneladas de equipamentos de informática e comunicações (como telemóveis), 2.456 toneladas de ecrãs e 313 toneladas de lâmpadas.
O Electrão diz que "diversos fatores" contribuíram para os resultados do ano passado, como a expansão da rede de recolha própria do Electrão - que conta atualmente com 13.500 locais (mais 2.103 do que em 2023) - e que permitiu enviar para reciclagem mais 8.000 toneladas de resíduos elétricos, destacando ainda o trabalho dos parceiros operacionais, já que a contribuição dos operadores representou 7.000 toneladas; e a aposta em projetos como o porta-a-porta, em que os grandes eletrodomésticos usados são recolhidos diretamente em casa do cidadão ou no âmbito de campanhas.
"Estas iniciativas continuam a ser essenciais para se alcançarem melhores resultados, mas há ainda um longo caminho a percorrer para sensibilizar cada vez mais pessoas para a necessidade de entregarem os equipamentos usados para reciclagem, combatendo o mercado paralelo e, também, a acumulação, que é outro dos problemas que persiste: a acumulação, em casa, de pequenos aparelhos elétricos que já não são utilizados", refere a associação de gestão de resíduos.
"Verificamos, com entusiasmo, que os resultados alcançados têm vindo a crescer, de ano para ano, e que refletem não só as apostas que temos concretizado, mas também o esforço de todos, porque a reciclagem é uma ação que começa na casa de cada um de nós (...), mas continuamos longe de atingir os objetivos desejados na reciclagem de equipamentos elétricos em Portugal", diz o diretor-geral de elétricos e pilhas do Electrão, Ricardo Furtado, citado na mesma nota.
Aliás, aponta, "com a entrada em vigor da nova licença, que regula a atuação das entidades gestoras, e com metas mais ambiciosas de reciclagem, este ano de 2025 representa uma pressão adicional para o país e para o sistema de gestão de resíduos elétricos, com a necessidade de aumentar ainda mais as recolhas e de recorrer a novas soluções para envolver o cidadão".
Além da reciclagem, o Electrão sublinha que incentiva a reutilização de equipamentos elétricos e que está "cada vez mais comprometido com soluções que prologam a vida útil desses aparelhos, seja através da doação ou da reparação, indicando que, em 2024, o processo de verificação do potencial para o efeito permitiu que fossem reutilizadas 1.327 toneladas de aparelhos elétricos, um aumento de 14% em relação a 2023.