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Cessar-fogo no horizonte leva Europa a renovar máximos

Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta quinta-feira.

Reuters
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10h09

Cessar-fogo no horizonte leva Europa a renovar máximos

Os primeiros encontros presenciais com investidores estão a ser usados pelos gestores para atualizar estimativas e acalmar os receios sobre o impacto da guerra no mercado financeiro.

As bolsas europeias voltaram a atingir máximos históricos esta quinta-feira, apesar de as principais praças do continente estarem divididas entre ganhos e perdas. O início das negociações para acabar com uma guerra que assola a Europa há quase três anos está a injetar otimismo nos mercados europeus, que beneficiam ainda dos bons resultados trimestrais da Nestlé e da Michelin.

A esta hora, o principal índice europeu, o Stoxx 600, avança 0,26% para 549,23 pontos, depois de ter conseguido ultrapassar, pela primeira vez na história, os 550 pontos. É a sexta sessão consecutiva em que o "benchmark" para a negociação europeia alcança máximos históricos.

Também o alemão DAX continua a conhecer novos patamares, enquanto o francês CAC 40 regista a maior subida diária desde maio do ano passado. O principal índice alemão cresce 0,86%, enquanto o francês valoriza 0,88%.

O setor automóvel é o que mais valoriza a esta hora, ao crescer mais de 3%, embalado pelo bom desempenho da Michelin em bolsa. A fabricante de pneus francesa dispara 5,33% para 34,21 euros, apesar de a empresa ter registado uma queda nas vendas de 5,1% em 2024. A animar os investidores estão as declarações do CFO da empresa, que garantiu aos analistas que os planos para acelerar investimentos nos EUA, de forma a reduzir os impactos das tarifas de Trump, não vão afetar a estratégia na Europa.

Também a Nestlé apresentou resultados ao mercado. As vendas da empresa suíça do setor alimentar ficaram ligeiramente acima do esperado, ao crescerem 0,8% contra as perspetivas de 0,7%, muito devido ao aumento de preços no mercado. A Nestlé dispara 5,74% para 83,30 francos suíços.

Entre os restantes principais índices da Europa Ocidental, o holandês AEX regista perdas de 0,43%, o espanhol IBEX 35 perde 0,05%, enquanto o britânico FTSE 100 recua 0,85%. Em contraciclo, o italiano FTSEMIB pula 0,21%.

09h40

Juros aliviam na Zona Euro. França regista maior queda

Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro estão a aliviar esta quinta-feira, com as atenções dos investidores centradas no início das negociações entre os EUA e a Rússia para acabar com a guerra na Ucrânia. 

Os juros da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, recuam em 1,2 pontos base, para 2,891%, enquanto em Espanha a "yield" da dívida com o mesmo vencimento perde 1,5 pontos, para 3,080%.

Por sua vez, a rendibilidade da dívida francesa cede em 2,7 pontos base para 3,209%. Já os juros das "bunds" alemãs, referência para a região, aliviam em 0,7 pontos, para 2,469%.

Fora da Zona Euro, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, avançam 0,2 pontos base para 4,544%, depois de a economia do Reino Unido ter superado as expectativas, ao crescer 0,1% no último trimestre de 2024.  

09h40

Euro avança para máximos de uma semana com fim da guerra à vista

O euro está a beneficiar de um possível acordo de paz entre a Rússia e a Ucrânia, depois de o presidente dos EUA e o seu homólogo russo terem conversado ao telefone e dado início a negociações para acabar com uma guerra que se estende quase há três anos.

A moeda comum europeia avança, a esta hora, 0,33% para 1,0417 dólares, mas chegou a atingir máximos de uma semana nos 1,044 dólares. A travar maiores ganhos está, no entanto, a leitura acima do esperado da inflação nos EUA, que reiterou a narrativa mais "hawkish" do Presidente do banco central norte-americano.

Um possível cessar-fogo entre a Ucrânia e a Rússia é um "fator de alívio para a Europa", começa por explicar Bart Wakabayashi, analista da State Street, à Reuters. "A guerra está mesmo às portas da União Europeia. Se as manchetes apontam para um acordo de paz, isto será definitivamente positivo para a Europa", afirmou.

A libra, para além de estar a beneficiar deste cenário, está ainda a ser impulsionada por um crescimento económico no país acima do esperado. O PIB britânico cresceu 0,1% no último trimestre de 2024, o que superou as previsões de uma redução de 0,1%.

A divisa britânica avança, assim, 0,27% para 1,2480 dólares, depois de ter atingido máximos de uma semana face à "nota verde" durante a madrugada.

09h10

Possível cessar-fogo na Ucrânia não tira força ao ouro

O potencial acordo de paz na Ucrânia não está a conseguir retirar força ao "rally" do ouro. O metal precioso continua a crescer esta manhã, numa altura em que os investidores parecem continuar apreensivos com o impacto que as tarifas de Donald Trump podem ter sobre o crescimento económico global.

O ouro avança, neste momento, 0,25% para 2.911,21 dólares por onça, próximo do valor recorde (2.942,70 dólares) que atingiu na passada terça-feira. O metal amarelo "continua a servir como uma forma de diversificação fundamental no meio das incertezas comerciais, uma vez que os participantes no mercado procuram atenuar a volatilidade das suas carteiras", explicou o estratega de mercado do IG, Yeap Jun Rong, à Reuters.

O metal precioso chegou a cair mais de 1% na sessão desta quarta-feira, depois de se ter conhecido a leitura de janeiro da inflação nos EUA. Os preços aceleraram mais do que o previsto no mês passado, reforçando assim a narrativa do banco central norte-americano, que não tem pressa para continuar a cortar nos juros diretores.

No entanto, as quedas foram apenas uma reação inicial a esta leitura e os preços do ouro, rapidamente, retomaram o caminho da valorização. "Os mercados estão a deixar de lado esta leitura da inflação acima do esperado, uma vez que os investidores já ajustaram as suas posições para um contexto de taxas de juro elevadas no longo prazo", afirmou Yeap.

08h06

Trump e Putin atiram petróleo para terreno negativo

O preço do barril do petróleo continua a cair esta manhã, depois de o Presidente dos EUA e o seu homólogo russo terem iniciado conversações para porem fim ao conflito que assola a Europa há quase 3 anos. Os investidores acreditam que um possível acordo de paz possa diminuir os riscos de disrupção na oferta de crude russo no mercado.

A esta hora, o West Texas Intermediate (WTI), de referência para os EUA, recua 1,15% para 70,55 dólares, enquanto o Brent do Mar do Norte, o benchmark europeu, perde 1,05% para 74,39 dólares. Na sessão de quarta-feira, o índice europeu já tinha recuado 2,4%, a maior queda em mais de dois meses.

Na sua rede social, Donald Trump informou que as negociação com a Rússia iam começar "de imediato". O Presidente dos EUA e Vladimir Putin vão encontrar-se na Arábia Saudita, ainda numa data por definir, e o norte-americano acredita mesmo que um  cessar-fogo na Ucrânia avizinha-se "num futuro não tão distante".

O petróleo tem encontrado grandes dificuldades em permanecer à tona desde o início do ano. As tarifas de Trump têm levantado preocupações com o crescimento económico global e, por conseguinte, da procura de crude nos principais mercados. O crescimento das reservas desta matéria-prima nos EUA e a postura mais restritiva do banco central norte-americana têm exercido ainda mais pressão sobre o petróleo.

07h54

Futuros europeus avançam mais de 1% com fim da guerra na Ucrânia à vista

O início de conversações para alcançar a paz entre a Rússia e a Ucrânia está a animar os mercados esta manhã. As bolsas europeias apontam para uma abertura em alta, com os futuros do Euro Stoxx 50 a valorizarem mais de 1%, isto depois de a Ásia já ter encerrado, maioritariamente, em território positivo.

Após uma conversa telefónica entre o Presidente norte-americano e o Chefe de Estado russo, Donald Trump confirmou esta quarta-feira que vai começar a negociar com Vladimir Putin para alcançar o fim da guerra na Ucrânia."Acordámos que as nossas respetivas equipas comecem as negociações imediatamente", escreveu Trump na sua própria rede social.

Pela China, o Hang Seng segue em força e continua a capitalizar em torno da euforia com o setor tecnológico. O índice encerrou mais uma sessão a registar ganhos expressivos, a valorizar 1,52%, contrariando a tendência negativa observada no Shanghai Composite, que caiu 0,42%.

Já no Japão, a sessão foi bastante otimista. O Nikkei 225 avançou 1,48%, enquanto o Topix escalou 1,34%. Na Coreia do Sul, o Kospi encerrou a negociação desta quinta-feira com ganhos de 0,96%.

Por sua vez, na Austrália foi dia de novos máximos históricos. Depois de ter atingido valores nunca antes observados no final de janeiro, o S&P/ASX 200 alcançou, mais uma vez, novos patamares, ao tocar nos 8.575,20 pontos.

"A potencial resolução do conflito entre a Rússia e a Ucrânia e a euforia em torno do setor tecnológico chinês estão a animar os mercados", explica a estratega do Saxo Markets Charu Chanana à Bloomberg.

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