O Índice de Custo do Trabalho (ICT) continua a registar subidas anuais consecutivas e, em 2024, cresceu 8,2% - em contraste com o aumento de 5,2% registado no ano anterior, de acordo com dados disponibilizados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

De acordo com INE, o indicador que mede os custos do trabalho por hora efetivamente trabalhada subiu devido a acréscimos de 8,2% (5% em 2023) nos custos salariais e de 8,1% (6,4% em 2023) em outros custos. O custo médio por trabalhador registou avanços de 6,4% (7,1% em 2023) e o número de horas efetivamente trabalhadas por trabalhador diminuiu 1,6% (1,8% em 2023).

No que diz respeito ao quatro trimestre do ano passado, o ICT registou um acréscimo homólogo de 9,6%, contra os 8,7% observados entre julho e setembro. Os custos salariais dispararam 9,6% e os outros custos subiram 9,5%, quando comparado com o mesmo período de 2023. O maior acréscimo do ICT foi observado na Construção (13,4%).

Tal como no total do ano, o custo médio por trabalhador aumentou (6%), enquanto o número de horas efetivamente trabalhadas registou um decréscimo (-3,3%). O INE indica ainda que o "custo médio por trabalhador foi transversal a todas as atividades económicas, tendo os aumentos sido maiores na Administração Pública (6,9%) e menores nos Serviços (5,1%)".

No que diz respeito às horas efetivamente trabalhadas por trabalhador, os recuos foram também transversais a todas as atividades económicas. "O maior decréscimo foi observado na Construção (6,0%) e o menor na Administração Pública (2,5%)", lê-se no documento disponibilizado pelo INE.

O INE disponibiliza ainda a informação mais recente relativa à variação homóloga do ICT na União Europeia (UE) que permite constatar que, no terceiro trimestre do ano passado, em quinze dos 27 países que compõe o bloco, o ICT registou variações superiores à media da UE (5,7%). Esta lista inclui Portugal.