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EDP assina três acordos na Venezuela
A EDP vai assinar hoje três acordos com a Petróleos de Venezuela (PDVSA) para as áreas do gás, eólicas e produção de energia térmica, soube o Jornal de Negócios junto de fonte da eléctrica.
A EDP vai assinar hoje três acordos com a Petróleos de Venezuela (PDVSA) para as áreas do gás, eólicas e produção de energia térmica, soube o Jornal de Negócios junto de fonte da eléctrica.
Os acordos foram fechados ontem à noite e vão ser assinados em Orinoco, a cerca de 400 km a Sudeste de Caracas, na Venezuela, na presença do primeiro-ministro português, José Sócrates, e do presidente da Venuzuela, Hugo Chávez.
O primeiro acordo, referente ao sector do gás, vai permitir à EDP participar com até 15% numa central de liquefacção de gás da Petróleos de Venezuela. "Isto corresponde a cerca de 0,6 milhões de metros cúbicos de gás, que a EDP pode utilisar como quiser", explicou ao Jornal de Negócios o presidente não-executivo da EDP, António de Almeida.
Por via deste acordo, a EDP tem a possibilidade de envolver a argelina Sonatrach na exploração de gás na Venezuela. "O governo venezuelano vê com muito bons olhos o envolvimento da Sonatrach no upstream", afirmou ainda o gestor.
A Venezuela tem projectadas três centrais de liquefacção de gás, duas das quais vão contar com a participação da Galp e outra da EDP. Além disso, tem em vista o desenvolvimento de projectos gasíferos offshore do bloco de Blaquilla no Estado de Sucre.
Para as eólicas, a EDP vai assinar um acordo para toda a região caribenha e não apenas para a Venezuela. "Vamos começar com os estudos de vento para apurar o potencial destes países em termos de produção eólica, vamos fazer o desenvolvimento dos projectos e depois temos um direito de opção se quisermos fazer a exploração", explicou António de Almeida.
Em termos de produção de energia térmica, a EDP vai assinar acordos com a PDVSA para estudar a eventual construção de uma central a partir de coque - sendo que a Venezuela produz cerca de duas mil toneladas desta matéria-prima - e uma central de ciclo combinado a gás natural.
Sobre os montantes de investimento envolvidos, assim como o total da capacidade em megawatts, António de Almeida disse que ainda é cedo para falar e que só no final do ano deverão haver novidades a este respeito.