Notícia
Deputados concluem que Murdoch "não é competente" para dirigir grupo internacional
Um relatório hoje publicado por uma comissão parlamentar britânica sobre as escutas telefónicas do News of the World considera que Rupert Murdoch "não é uma pessoa competente" para dirigir um grupo internacional de media.
01 de Maio de 2012 às 13:34
"Com base nos factos e testemunhos perante o comité, concluímos que, se em todos os momentos relevantes Rupert Murdoch não deu os passos [necessários] para se tornar completamente informado sobre as escutas telefónicas, ele fechou os olhos mostrou ignorância voluntária sobre o que se passava nas suas companhias e publicações", lê-se no documento. O grupo de deputados, representantes dos diferentes partidos no Parlamento britânico, considera que esta atitude mostra uma cultura de falta de supervisão no News Corporation, grupo fundado por Murdoch, e News Internacional, o braço britânico.
"Concluímos, por isso, que Rupert Murdoch não é uma pessoa competente para conduzir uma grande companhia internacional", enfatiza.
Apesar de fazer parte da versão final, os cinco deputados conservadores votaram contra a inclusão destes comentários por considerarem que não se insere nas suas competências, forçada pelos cinco membros trabalhistas e um liberal democrata.
"Receio que manche e coloque em causa a integridade deste relatório", afirmou a deputada conservadora Louise Mensch, numa conferência de imprensa.
Caso seja levada a sério pelo parlamento, esta conclusão pode colocar em causa a propriedade do grupo de jornais britânicos (The Times, The Sun) e também da participação na rede de satélite British Sky Broadcasting (BSkyB), que inclui o canal informativo Sky News, a qual Murdoch pretendia adquirir por inteiro.
No extenso relatório, são feitas outras críticas mais duras a outros executivos, nomeadamente Les Hinton, um dos antigos administradores da News International, por ser "cúmplice" no encobrimento do escândalo.
Ele e outros responsáveis, o antigo director Colin Myler e o antigo advogado Tom Crone, terão também "enganado" a comissão parlamentar, pelo que poderão ser acusados de "desrespeito" da obrigação de falar verdade e sofrer consequências penais.
Este relatório pretendia analisar as escutas das caixas de mensagens telefónicas praticadas por jornalistas do News of the World com o objectivo de obter informação para publicar.
Segundo a polícia, o número de potenciais vítimas é estimado em 6349, tendo até agora sido detidas 46 pessoas no âmbito das diferentes investigações em curso.
Decorre também um inquérito ordenado pelo primeiro-ministro, David Cameron, às práticas da imprensa britânica.
"Concluímos, por isso, que Rupert Murdoch não é uma pessoa competente para conduzir uma grande companhia internacional", enfatiza.
"Receio que manche e coloque em causa a integridade deste relatório", afirmou a deputada conservadora Louise Mensch, numa conferência de imprensa.
Caso seja levada a sério pelo parlamento, esta conclusão pode colocar em causa a propriedade do grupo de jornais britânicos (The Times, The Sun) e também da participação na rede de satélite British Sky Broadcasting (BSkyB), que inclui o canal informativo Sky News, a qual Murdoch pretendia adquirir por inteiro.
No extenso relatório, são feitas outras críticas mais duras a outros executivos, nomeadamente Les Hinton, um dos antigos administradores da News International, por ser "cúmplice" no encobrimento do escândalo.
Ele e outros responsáveis, o antigo director Colin Myler e o antigo advogado Tom Crone, terão também "enganado" a comissão parlamentar, pelo que poderão ser acusados de "desrespeito" da obrigação de falar verdade e sofrer consequências penais.
Este relatório pretendia analisar as escutas das caixas de mensagens telefónicas praticadas por jornalistas do News of the World com o objectivo de obter informação para publicar.
Segundo a polícia, o número de potenciais vítimas é estimado em 6349, tendo até agora sido detidas 46 pessoas no âmbito das diferentes investigações em curso.
Decorre também um inquérito ordenado pelo primeiro-ministro, David Cameron, às práticas da imprensa britânica.