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Crise no crédito ameaça fundos de aquisições nacionais
A crise do mercado de crédito em todo o mundo pode impedir o esperado salto para o "private equity" em Portugal. O número e o valor das aquisições em todo o mundo já está a diminuir.
A crise do mercado de crédito em todo o mundo pode impedir o esperado salto para o "private equity" em Portugal. O número e o valor das aquisições em todo o mundo já está a diminuir.
Este ano ficou marcado pelo aparecimento de vários grupos financeiros centrados em comprar ou participar em aquisições de empresas privadas ("buyout"), mas a redução do desejo do mercado por dívida de alto risco vai diminuir o potencial de compra destes fundos. A tendência já começou a sentir-se nos mercados mais desenvolvidos.
O presidente da associação portuguesa de capital de risco e desenvolvimento (APCRI), Mário Pinto, considera que esta crise "vai ter um forte impacto nas operações de "buyout" em Portugal, pois os grandes negócios fundamentam-se em dívida. No "early stage" [financiamento de uma empresa numa fase inicial] não se vai sentir muito, pois recorre menos a dívida".
O volume de compras feitas pelas "private equity" em todo o mundo está a diminuir, ressentindo-se da crise no mercado de crédito. De 1 de Julho a 14 de Agosto, as empresas adquiridas em operações de "buyout" valiam um total de 72,4 mil milhões de euros, menos 10 mil milhões, ou 12,1%, que no mesmo período do ano passado.
O número de negócios caiu 18%, das 419 compras registadas em 2006 para 344 aquisições, revelam dados da casa de análise de dados Dealogic.