Notícia
Cotadas da construção tocaram todas em mínimos na sessão de hoje
Mota Engil, Teixeira Duarte e Soares da Costa encerraram a sessão em valores em que não tocavam há pelo menos um ano. Num dia em que chegou a perder 11%, esta última negociou cinco vezes mais acções do que a média dos últimos seis meses.
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O sector da construção é penalizado pelo ambiente em que Portugal se encontra, já que o país está a implementar medidas de austeridade que, por exemplo, atrasam ou anulam projectos de construção e Obras Públicas.
Por sua vez, a Soares da Costa caiu hoje 4,65% e encerrou nos 0,41 euros. Um valor por acção que não era tão baixo desde Março de 2006. Ontem, tinha terminado o dia nos 0,43 euros mas chegou a descer hoje mais de 11%, o que colocou as acções nos 0,38 euros. Desde o início do ano, a firma já acumula uma quebra de 24%.
No dia de hoje, trocaram de mãos 619.741 acções da cotada liderada por Pedro Gonçalves. Número que supera em mais de cinco vezes os 117.457 títulos transaccionados em média nos últimos seis meses.
Mais uma vez, também a Teixeira Duarte renovou mínimos. As acções da construtora chegaram a ser negociadas 8,9% abaixo do valor de fecho de ontem, nos 0,41 euros, o que não acontecia desde a entrada em bolsa como Teixeira Duarte SA, em Agosto do ano passado. Nessa estreia, os títulos custavam 1,05 euros. A construtora perdeu hoje 2,22% para 0,44 euros, e contabiliza uma perda em 2011 de 39,73%.
Sonae Indústria em mínimos, Cimpor a subir
A Sonae Indústria, fornecedora de materiais para construção, não escapa a este sentimento negativo. Com um recuo em 2011 de 33%, a cotada presidida por Bianchi de Aguiar tocou nos 1,261 euros, ao qual não descia desde Março de 2009.
Na sessão de hoje, a empresa do grupo Sonae encerrou a cotar nos 1,281 euros, deslizando 3,32%.
A contrariar, esteve a Cimpor. A cimenteira subiu hoje 2,42% para 5,283 euros, mas chegou a ganhar mais de 3%. Apesar de uma perda semanal de 1,01%, a cotada soma um avanço de 4,25% desde o início do ano.