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Costa Silva e o financiamento a Mário Ferreira: "Não podemos hostilizar empresas"

Ministro da Economia diz que o ministério e o Banco de Fomento "não são polícias" e que "não podemos atuar com base em rumores". Tribunal de Contas deu luz verde aos 1,3 mil milhões do Fundo de Capitalização.

28 de Setembro de 2022 às 11:50
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O ministro da Economia defende o financiamento de 40 milhões de euros atribuído pelo Banco de Fomento à Pluris, de Mário Ferreira (que entretanto desistiu da operação). O valor representa mais de metade do total de quase 77 milhões atribuídos a um total de 12 candidaturas ao Programa de Recapitalização Estratégica do Fundo de Capitalização e Resiliência (FdCR).

Na Comissão de Economia, questionado por Mariana Mortágua, do Bloco de Esquerda, o governante afirmou que o Banco de Fomento e o ministério que lidera "não são polícias", nem podem "atuar com base em rumores".

Admitindo que a empresa foi investigada em 2014, sublinhou que "não se apurou nada" e acrescentou que o país e o governo não podem "hostilizar as empresas"

Sobre o facto de o financiamento ter sido atribuído à holding de Mário Ferreira, e não especificamente à empresa de turismo, Costa Silva afirmou que é necessário "assegurar que os fundos são canalizados para as empresas certas dentro das holdings". "O que me foi dito foi que apesar de ser dado à holding, os fundos seriam canalizados para a empresa de turismo", assegurou.

Tribunal de Contas deu ok ao fundo de 1,3 mil milhões do PRR

O ministro revelou também que o Tribunal de Contas já deu "parecer favorável para 1.300 milhões de euros do Fundo de Capitalização do Plano de Recuperação e Resiliência".

"Já foi contactada a estrutura do Recuperar Portugal e está a ser efetuada a transferência das verbas", afirmou.

"As coisas no setor privado são muito mais rápidas", lamentou.

Costa Silva admitiu ainda uma revisão dos critérios de acesso ao Programa de Recapitalização Estratégica para permitir um aumento das candidaturas de empresas.

O programa tem ainda um total de 360 milhões de euros disponíveis dos cerca de 400 milhões iniciais.

"Teremos eventualmente que rever a grelha ou ver porque é que não há um grande número de empresas que estão a ser associadas e a candidatarem-se ao programa", afirmou.

"Isto é sempre o problema das políticas públicas, elas são desenhadas e depois têm que ser afinadas", acrescentou.
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