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“Não me sinto sozinho nem acompanhado. Estou habituado a ter razão antes do tempo”, diz Costa Silva

Ministro da Economia rejeitou acusações de que estará isolado após comparecer sozinho na Comissão de Economia, onde os governantes costumam ser acompanhados pelos respetivos secretários de Estado.

Vítor Mota
28 de Setembro de 2022 às 13:14
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António Costa Silva rejeita estar isolado no governo. Após comparecer sozinho na comissão parlamentar de Economia – facto pouco habitual, dado que os ministros costumam ser acompanhados nestas audições pelos respetivos secretários de Estado – o governante foi questionado sobre esse facto pelo deputado social-democrata Paulo Rios de Oliveira. O parlamentar do PSD recordou ainda a polémica da possível redução do IRC, admitida pelo ministro mas prontamente recusada por Fernando Medina, responsável pela pasta das Finanças.

Na resposta, Costa Silva afirmou que não se sente "nem sozinho nem acompanhado". "Já tive muitas batalhas difíceis sozinho, e também já estou habituado a ter razão antes do tempo, que é uma coisa que às vezes é muito difícil de de sustentar". "A esse nível estou perfeitamente tranquilo e sereno", garantiu.

O ministro afirma que luta com as armas que tem, "de acordo com as ideias que tenho", mas assegurou que isso acontece "em consonância com o programa do Governo e em articulação que o primeiro-ministro". Costa Silva garantiu que isso não o impede, no entanto, de dizer o que pensa: "Não tenho medo nenhum nem de pensar nem de exprimir os meus pensamentos nas alturas que acho que devo fazê-lo", afirmou.

"Independentemente dos partidos e dos governos, a questão do país é a questão vital, o sistema económico é a questão vital. E temos que fazer tudo para auxiliar as empresas porque aquilo que não fizermos nos próximos anos vai ser pago, e pago de uma forma muito difícil", indicou.

O governante negou divisão no Governo: "Penso que o governo e o primeiro-ministro estão alinhados com isso". Quanto a ele próprio, "farei o meu papel porque eu conheço muito bem quais são as dificuldades das empresas que na altura própria não recebem o auxílio necessário, e custa muito ver empresas que podem claudicar se não fizermos tudo o que está ao nosso alcance. Estarei sempre aí para fazer isso", disse.
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