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Corte de custos e reforço de comissões ajudam a melhorar contas da banca portuguesa

BCP, Caixa Geral de Depósitos, Novo Banco, Santander Totta, BPI e Caixa Económica Montepio Geral acumularam, em conjunto, lucros de 678 milhões de euros.

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As contas dos maiores bancos em Portugal melhoraram no primeiro semestre de 2021 graças à diminuição das provisões. Em termos comparativos, as principais instituições financeiras puseram de lado mais dinheiro no arranque do ano passado para acautelarem o impacto da pandemia, o que penaliza os resultados líquidos. Agora, esse efeito fez-se notar, segundo uma análise divulgada esta quinta-feira pela agência de rating DBRS, que aponta ainda cortes de custos, aumentos das comissões e um reforço dos ganhos nos mercados.

"No primeiro semestre de 2021, os bancos portugueses [BCP, Caixa Geral de Depósitos, Novo Banco, Santander Totta, BPI e Caixa Económica Montepio Geral (CEMG)] apresentaram um resultado líquido agregado de 678 milhões de euros, acima do prejuízo líquido de 67 milhões de euros na primeira metade de 2020", começa por notar a agência. Este total é "significativamente" afetado pelo Novo Banco, que regressou aos lucros em 2021, e apenas um banco (a CEMG) manteve prejuízos. Outros dois diminuíram os lucros.

Contabilizando apenas o trimestre, o lucro situou-se em 390 milhões de euros, sendo que no trimestre anterior tinha sido um prejuízo de 140 milhões. "O catalisador foram menores provisões com crédito. Além disso, também notamos uma redução nos custos com operação, bem como um aumento nas comissões e nas receitas com mercados de capitais", refere a DBRS. As receitas com comissões subiram 7% na comparação homóloga devido ao maior volume de transações e "forte desempenho" da gestão de ativos.


Apesar do impacto da pandemia, o stock de crédito malparado (NPL, na sigla em inglês) na banca portuguesa continuou a cair, mesmo que a um ritmo mais baixo. O rácio de NPL destes sete membros do setor bancário caiu para 5,1% do segundo trimestre de 2021, contra 6,5% no fim do período homólogo. Em termos totais, a queda de 22% em particular devido a vendas de carteiras de ativos, uma estratégia que voltou a acelerar com a banca a acautelar uma eventual deterioração dos ativos devido à pandemia.

"Neste momento, várias medidas políticas como moratórias bancárias ou empréstimos com garantias do Estado continuam a proteger a qualidade dos ativos dos bancos, mas a formação de novos empréstimos em incumprimento pode ser mais pronunciada após o fim dessas medidas de apoio em 2021, especialmente no segmento empresarial", alerta a DBRS. As moratórias representam atualmente uma média de 15% do total dos empréstimos em Portugal, acima da média europeia.

(Notícia atualizada às 09h25)

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