Os controladores aéreos espanhóis votarão hoje em plenário uma greve de três dias em torno de 15 de Agosto depois do fracasso das negociações com a AENA (Aeropuertos Nacionales y Navigación Aérea). Um descontentamento despoletado pela promulgação do decreto do Ministério do Fomento castelhano que regula os tempos de descanso, obrigando os controladores aéreos a fazer apenas 30 minutos de descanso por cada duas horas.

Os controladores aéreos, com as mudanças, passam a ter direito a paragens de 12 horas entre turnos, a pausas entre 48 e 60 horas semanais e de 184 horas por mês divididas num mínimo de três períodos.

O sindicato dos controladores propõe uma greve nos dias 14, 15 e 16 de Agosto, as datas com mais deslocações turísticas na aviação espanhola. A greve para estes dias só poderá ocorrer se se verificar uma margem legal para parar o serviço, imposta pelo seu carácter de serviço público. Isto porque é obrigatório que se anunciem as greves com 10 dias de antecedência e que sejam aprovadas pelas autoridades laborais, noticia hoje o “Cinco Días”.

Se esta possibilidade legal não se verificar, propõem-se parar nos dias 16, 17 e 18 do mesmo mês.

José Rodríguez Zapatero, o presidente do Governo espanhol, já manifestou o seu desejo que os controladores aéreos evitem uma greve que, a seu ver, “não tem justificação”.

O Ministério do Fomento espanhol já se propôs minimizar os efeitos desta greve no pico da época estival no turismo e arbitrará ‘adequadamente’ o período de greve, segundo Zapatero.

Segundo o sindicato de controladores, assegurar-se-ão os serviços mínimos, exigidos por lei.