Notícia
Comissão independente confirma fraude na Olympus que poderá ditar expulsão da bolsa
Depois de um comissão independente ter concluído que a Olympus apresentou dados contabilísticos falsos e que terá de os reformular, a Bolsa de Valores de Tóquio confirmou que poderá excluir as suas acções da admissão à cotação.
06 de Dezembro de 2011 às 13:30
O relatório de uma comissão independente que analisou os esquemas da fabricante de máquinas fotográficas para disfarçar perdas em investimentos que ascenderam a 135 mil milhões de ienes (cerca de 1,29 mil milhões de euros), concluiu que a gestão sénior estava "podre até ao núcleo" e que corrompia os executivos com que lidava na empresa.
"Todas as pessoas envolvidas deviam ser levadas a tribunal e obrigadas a pagar pelos danos que provocaram aos funcionários e accionistas", diz o gestor de fundos do Atlantis Investments, Edwin Merner, à Bloomberg. "Eles deverão sair despreocupadamente já que os políticos e burocratas também estão envolvidos em negócios estranhos e sentem simpatia por pela gestão de todos, porque eles podiam ser a seguir", acrescentou.
No final de Novembro, quando foi constituída a comissão liderada por Tatsuo Kainaka (na foto), a Olympus comprometeu-se a apresentar os seus resultados corrigidos para escapar à exclusão da admissão à cotação das suas acções na bolsa de Tóquio. A notícia levou as acções recuperarem parte das fortes perdas em que incorrera nos dias anteriores, com a divulgação das suspeitas de fraude na apresentação dos seus dados contabilísticos.
No entanto, hoje, a Bolsa de Valores de Tóquio disse que o relatório da comissão independente demonstra que a Olympus terá de reformular as contas de anos anteriores, o que poderá ter um impacto significativo no seu valor. Como esta é uma condição de exclusão da admissão à cotação, a fabricante de câmaras fotográficas poderá ver-se excluída da bolsa japonesa.
Na sessão de hoje, que terminou às 7h15 no fuso horário de Portugal Continental, antes da divulgação do relatório, as acções da Olympus apreciaram 9,07% para 1.190 ienes. Um preço que compara com o mínimo de 36 anos em que chegaram a negociar no dia 11 de Novembro, ao tocarem os 460 ienes depois de terem sido conhecidas as alegações de fraude.
"Todas as pessoas envolvidas deviam ser levadas a tribunal e obrigadas a pagar pelos danos que provocaram aos funcionários e accionistas", diz o gestor de fundos do Atlantis Investments, Edwin Merner, à Bloomberg. "Eles deverão sair despreocupadamente já que os políticos e burocratas também estão envolvidos em negócios estranhos e sentem simpatia por pela gestão de todos, porque eles podiam ser a seguir", acrescentou.
No entanto, hoje, a Bolsa de Valores de Tóquio disse que o relatório da comissão independente demonstra que a Olympus terá de reformular as contas de anos anteriores, o que poderá ter um impacto significativo no seu valor. Como esta é uma condição de exclusão da admissão à cotação, a fabricante de câmaras fotográficas poderá ver-se excluída da bolsa japonesa.
Na sessão de hoje, que terminou às 7h15 no fuso horário de Portugal Continental, antes da divulgação do relatório, as acções da Olympus apreciaram 9,07% para 1.190 ienes. Um preço que compara com o mínimo de 36 anos em que chegaram a negociar no dia 11 de Novembro, ao tocarem os 460 ienes depois de terem sido conhecidas as alegações de fraude.