Notícia
CEO da Deutsche Boerse: "Consolidação é inevitável"
Reto Francioni, considera que uma consolidação de vários mercados vai acabar por acontecer, mesmo que a fusão entre a NYSE Euronext e a Deutsche Boerse venha a ser chumbada por Bruxelas.
18 de Janeiro de 2012 às 18:07
O CEO da Deutsche Boerse, Reto Francioni, defende que "a consolidação [do sector] é inevitável".
"Há pessoas que perguntam porque é que não nos restringimos aos nossos próprios países e servimos a economia real", apontou o responsável máximo da Deutsche Boerse, citado pela agência Reuters.
E a resposta a esta questão é simples: "Muitos dos nossos clientes são globais e por isso as bolsas têm também de ser globais. Ninguém pode ficar no casulo, no ambiente local, enquanto os clientes e os principais competidores estão sujeitos a uma rápida onda de mudança", explicou Francioni.
Para o CEO da Deutsche Boerse, seja qual for o desfecho do projecto de fusão entre a NYSE Euronext e a Deutsche Boerse, "a verdadeira integração das bolsas não é apenas responsável pela redução de custos. É também responsável pelo aumento da segurança dos mercados e pela integridade" destes, frisou.
No passado dia 10 de Janeiro, o "Financial Times" noticiou que o comissário europeu da Concorrência, Joaquin Almunia, está contra a fusão das duas bolsas. Depois de ter feito saber que os remédios propostos pela NYSE Euronext e a Deutsche Börse eram insuficientes, o gabinete do comissário europeu da Concorrência avisou informalmente os dois grupos de que vai opor-se à fusão.
A operação, avaliada em nove mil milhões de euros, pretende criar a maior plataforma de negociação de acções e instrumentos derivados do mundo. Agora, um ano depois do anúncio, o seu futuro está ameaçado.
Mark MacGann, responsável do grupo pelas relações com as entidades públicas dos países onde a NYSE Euronext está presente (EUA, França, Holanda, Portugal, Bélgica e Reino Unido), reagiu em Lisboa ao anúncio, não oficial, da equipa de Joaquín Almunia. Em entrevista ao Negócios, deixou críticas ao trabalho da Direcção-geral da Concorrência, em Bruxelas: "Se esta fusão for bloqueada será porque a Comissão cedeu aos interesses dos bancos, dando uma vitória ao centro financeiro de Londres".
A separar a Concorrência dos dois grupos está a definição do mercado relevante para a análise da operação. O problema não está na negociação de acções, mas no muito maior mercado de derivados (onde se transaccionam contratos sobre matérias-primas, taxas de juro ou acções). A equipa da Almunia defende que o que importa é olhar para a quota de mercado que a empresa resultante da fusão teria na negociação de derivados em bolsa, que supera os 90%.
"Há pessoas que perguntam porque é que não nos restringimos aos nossos próprios países e servimos a economia real", apontou o responsável máximo da Deutsche Boerse, citado pela agência Reuters.
Para o CEO da Deutsche Boerse, seja qual for o desfecho do projecto de fusão entre a NYSE Euronext e a Deutsche Boerse, "a verdadeira integração das bolsas não é apenas responsável pela redução de custos. É também responsável pelo aumento da segurança dos mercados e pela integridade" destes, frisou.
No passado dia 10 de Janeiro, o "Financial Times" noticiou que o comissário europeu da Concorrência, Joaquin Almunia, está contra a fusão das duas bolsas. Depois de ter feito saber que os remédios propostos pela NYSE Euronext e a Deutsche Börse eram insuficientes, o gabinete do comissário europeu da Concorrência avisou informalmente os dois grupos de que vai opor-se à fusão.
A operação, avaliada em nove mil milhões de euros, pretende criar a maior plataforma de negociação de acções e instrumentos derivados do mundo. Agora, um ano depois do anúncio, o seu futuro está ameaçado.
Mark MacGann, responsável do grupo pelas relações com as entidades públicas dos países onde a NYSE Euronext está presente (EUA, França, Holanda, Portugal, Bélgica e Reino Unido), reagiu em Lisboa ao anúncio, não oficial, da equipa de Joaquín Almunia. Em entrevista ao Negócios, deixou críticas ao trabalho da Direcção-geral da Concorrência, em Bruxelas: "Se esta fusão for bloqueada será porque a Comissão cedeu aos interesses dos bancos, dando uma vitória ao centro financeiro de Londres".
A separar a Concorrência dos dois grupos está a definição do mercado relevante para a análise da operação. O problema não está na negociação de acções, mas no muito maior mercado de derivados (onde se transaccionam contratos sobre matérias-primas, taxas de juro ou acções). A equipa da Almunia defende que o que importa é olhar para a quota de mercado que a empresa resultante da fusão teria na negociação de derivados em bolsa, que supera os 90%.