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Catroga com reservas face a alterações ao modo de nomear governador

Eduardo Catroga entende que Portugal não pode ter um sistema diferente dos restantes bancos centrais. À margem da conferência comemorativa dos 30 anos da Lusa o ex-ministro das Finanças não quis comentar casos concretos.

Miguel Baltazar/Negócios
15 de Março de 2016 às 15:19
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O modo de nomeação do governador do Banco de Portugal, com o nome de Carlos Costa no centro da discussão, continua na ordem do dia.

Eduardo Catroga não quer falar do caso concreto do actual governador e tem reservas sobre qualquer alteração à forma como é feita a nomeação para ao cargo, que possa interferir com as regras europeias.

"É preciso respeitar as regras europeias nesta matéria. Portugal não pode ter um sistema diferente dos outros bancos centrais", disse o ex-ministro das Finanças à margem da conferência "Portugal entre o rigor e a audácia", comemorativa dos 30 anos da agência Lusa, que se realiza esta terça-feira, 15 de Março, na Fundação Calouste Gulbenkian em Lisboa.

Para o economista, a lei foi pensada para garantir todos os critérios de independência dos bancos centrais. "Essa é uma conquista. A independência dos bancos centrais", refere.

"Quando se quer interferir no âmbito de um mandato está-se a interferir nessas conquistas", acrescentou Catroga recusando falar do caso Carlos Costa.

As sucessivas crises na banca, de que o BES e o Banif são os casos mais mediáticos, têm levantado várias questão em torno da efectiva acção dos reguladores em Portugal com a anuência dos governos.  

No passado fim-de-semana, a recém eleita líder do CDS-PP, Assunção Cristas, voltou ao tema, sugerindo a alteração das regras de regulação e supervisão do sistema financeiro, "mudando o sistema de designação do governador".

Este "é outro tema importante" e no CDS "acreditamos numa regulação eficaz, ágil, capaz, prudente, e numa economia de mercado a funcionar bem". Só que, acrescentou Cristas, "o modelo tem mostrado deficiências. Todos estamos cansados de ver bancos a cair e a regulação a lamentar de não ter conseguido evitar". 

Na edição desta terça-feira, 15 de Março, o Diário de Notícias noticiava que PS e PSD estão disponível para ouvir o CDS-PP mas no âmbito de uma revisão alargada, e não imediata, da Constituição.
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