O município de Vila Nova de Gaia encerrou esta sexta-feira, 29 de Julho, "mais um capítulo" da sua difícil situação financeira e judicial: pagou os 3,686 milhões de euros de indemnização à Cimpor no processo que remonta a 2002, quando a autarquia decidiu proibir a circulação de pesados (excepto camiões que se dirigissem às Caves de Vinho do Porto) em determinadas zonas do Centro Histórico do concelho, incluindo as vias de acesso aos silos da Cimpor localizados junto à estação de comboios das Devesas.

Para o presidente da Câmara de Gaia, este pagamento representa "um grande esforço para o município, e que tem levado muitos recursos que podiam estar a ser aplicados no concelho".

"Virada a página, sobra-nos o caminho correto: dedicados a Gaia, prosseguir num investimento inteligente e sustentável", conclui Eduardo Vítor Rodrigues.

A interdição imposta pela autarquia obrigou a empresa a transferir a actividade que operava em Gaia para o centro de produção de Souselas e Alhandra, com acréscimo de custos.

Em Janeiro passado, o plenário do Supremo Tribunal Administrativo tinha indeferido uma parte da indemnização, de cerca de 20 milhões de euros, pedida pela empresa a título de prejuízos futuros e previstos com o encerramento do entreposto de Gaia, mantendo a decisão judicial anterior, que fixou a indemnização em 2,5 milhões de euros mais cerca de um milhão em juros.

(notícia actualizada às 17:55)