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Câmara de Paredes comprou por 1,6 milhões estádio que tinha vendido em 2008 por 8,5 milhões

A Câmara de Paredes readquiriu esta quinta-feira, por 1,6 milhões de euros, um estádio de futebol e um pavilhão gimnodesportivo que tinha vendido, em 2008, por 8,5 milhões, no âmbito da liquidação da falida construtora Guedol.

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Câmara de Paredes readquiriu o terrenos do antigo Campo das Laranjeiras e do pavilhão. Reuters
26 de Janeiro de 2017 às 18:32
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Com o preço mínimo fixado em 1,4 milhões de euros, a Câmara Municipal de Paredes acabou por subir a parada para 1,6 milhões e assim, sem concorrência, firmar a reaquisição de um estádio de futebol e um pavilhão gimnodesportivo que tinha vendido, em 2008, por 8,5 milhões de euros.

O negócio foi arrematado esta quinta-feira, 26 de Janeiro, em hasta pública, no âmbito da liquidação dos activos da falida construtora Guedol, confirmou a autarquia.

"Readquirimos por 1,6 milhões de euros património que vendemos por 8,5 milhões de euros há nove anos", congratulou-se Celso Ferreira, presidente da Câmara de Paredes, em comunicado.

"Vamos reabilitar o pavilhão e devolvê-lo à cidade até ao próximo Verão", adiantou o autarca, revelando que este equipamento será gerido pela Edilidade "e preferencialmente usado para alta competição, com tempos de utilização rateados pelos clubes de Paredes".

"Quanto ao restante complexo, queremos ouvir as pessoas da cidade e fazer lá o que for da vontade da comunidade", afirmou Celso Ferreira, referindo que "os terrenos de baixo são para alienar, porque não precisamos deles e é uma forma de recuperarmos o investimento. Serão destinados a zona comercial e não a habitação", garantiu.

Já "o resto é para equipamentos públicos, propriedade da autarquia".

Os terrenos do antigo Campo das Laranjeiras e do pavilhão, com uma área de 31 mil metros quadrados, situados em pleno centro da cidade paredense, faziam parte da massa insolvente da empresa Guedol, que os adquiriu, em 2008, à Câmara de Paredes, para aí construir um centro comercial.

O negócio acabou por ser contestado, nesse mesmo ano, pelos herdeiros de Maria Augusta Menezes, que tinha doado esses terrenos, em 1926, ao União Sport Clube de Paredes, para que aí fosse construído um campo de futebol.

O objectivo concretizou-se, mas, em 1997, o então Estádio das Laranjeiras foi penhorado por dívidas a um atleta. O estádio viria a ser adquirido, em hasta pública, pela Fundação Nortecoope, tendo mais tarde passado para a posse da autarquia, que cedeu a utilização dos equipamentos ao União de Paredes até 2008.

A contestação da família da doadora deu início a um longo processo judicial, "favorável em todas as instâncias á Câmara Municipal de Paredes, que originou a insolvência da empresa que comprou os terrenos em 2008 e levou à venda agora realizada em hasta pública", lembra a autarquia.



(Notícia actualizada às 19:12)

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