Notícia
Boeing recomenda suspensão de voos de aviões 777 após falha de motor
O fabricante norte-americano Boeing recomendou hoje a imobilização de 128 aviões do modelo 777 que se encontram em serviço ou armazenados, um dia após um incêndio no motor de um aparelho em pleno voo, no estado do Colorado.
22 de Fevereiro de 2021 às 10:02
"Enquanto a investigação [das autoridades) está em curso, recomendamos suspender as operações dos 69 aviões 777 em serviço e dos 59 em armazém com motores Pratt & Whitney 4000-112", disse a empresa em comunicado.
No sábado, um Boeing 777-220 da companhia norte-americana United Airlines, que descolou de Denver, Colorado, com destino a Honolulu, no Hawai, com 231 passageiros e 10 membros da tripulação a bordo, foi forçado a regressar ao aeroporto de onde partiu, depois de o motor direito se incendiar em pleno voo.
O avião aterrou em segurança no aeroporto de Denver e nenhum dos ocupantes ficou ferido.
Imagens filmadas por um passageiro do voo UA328 mostram o motor direito em chamas, com a fuselagem do motor destruída. Partes do motor caíram numa área residencial, sem no entanto provocar feridos.
No domingo, o regulador norte-americano para a aviação exigiu inspeções urgentes aos aviões Boeing 777 equipados com o mesmo tipo de motor.
"Depois de consultar a minha equipa de peritos em segurança aérea relativamente à falha de motor de ontem [sábado] num avião Boeing 777 em Denver, pedi-lhes que emitissem uma diretiva de navegabilidade de emergência que exija inspeções imediatas ou minuciosas de aviões Boeing 777 equipados com alguns motores Pratt & Whitney PW4000", escreveu um responsável da Administração para a Aviação Federal (FAA, na sigla em inglês), Steve Dickson, na rede social Twitter.
"Isto significará provavelmente que alguns aviões serão retirados de serviço", acrescentou.
O responsável da FAA disse que uma análise preliminar dos dados de segurança revelou a necessidade de verificações adicionais do tipo de motor afetado.
"Com base em informações iniciais, concluímos que o intervalo entre inspeções deve ser encurtado para as pás ocas do ventilador, que são exclusivas deste tipo de motor, utilizadas apenas nos Boeing 777", explicou o funcionário.
Na sequência do incidente, a United Airlines decidiu retirar do ar 24 aparelhos Boeing 777.
A Japan Airlines (JAL) e a All Nippon Airways (ANA) anunciaram igualmente a imobilização de 13 e de 19 aviões deste tipo, respetivamente.
Segundo órgãos de comunicação norte-americanos, as únicas companhias aéreas que utilizam este modelo estão situadas nos Estados Unidos, Japão e na Coreia do Sul.
O fabricante norte-americano Boeing teve graves problemas nos últimos anos com outro dos seus modelos, o 737 MAX, que esteve imobilizado durante 20 meses devido a dois acidentes que provocaram 346 mortos em seis meses.
Um aparelho daquele tipo sofreu um acidente num voo da Ethiopian Airlines, em março de 2019, que provocou 157 mortos, e numa viagem da Lion Air, na Indonésia, em outubro de 2018, que fez 189 mortos.
Os voos comerciais do Boeing 737 MAX foram retomados em dezembro de 2020, primeiro no Brasil e depois nos Estados Unidos e Canadá, com o primeiro voo comercial na Europa realizado em 17 de fevereiro, pela companhia aérea belga TUI fly.
No sábado, um Boeing 777-220 da companhia norte-americana United Airlines, que descolou de Denver, Colorado, com destino a Honolulu, no Hawai, com 231 passageiros e 10 membros da tripulação a bordo, foi forçado a regressar ao aeroporto de onde partiu, depois de o motor direito se incendiar em pleno voo.
Imagens filmadas por um passageiro do voo UA328 mostram o motor direito em chamas, com a fuselagem do motor destruída. Partes do motor caíram numa área residencial, sem no entanto provocar feridos.
No domingo, o regulador norte-americano para a aviação exigiu inspeções urgentes aos aviões Boeing 777 equipados com o mesmo tipo de motor.
"Depois de consultar a minha equipa de peritos em segurança aérea relativamente à falha de motor de ontem [sábado] num avião Boeing 777 em Denver, pedi-lhes que emitissem uma diretiva de navegabilidade de emergência que exija inspeções imediatas ou minuciosas de aviões Boeing 777 equipados com alguns motores Pratt & Whitney PW4000", escreveu um responsável da Administração para a Aviação Federal (FAA, na sigla em inglês), Steve Dickson, na rede social Twitter.
"Isto significará provavelmente que alguns aviões serão retirados de serviço", acrescentou.
O responsável da FAA disse que uma análise preliminar dos dados de segurança revelou a necessidade de verificações adicionais do tipo de motor afetado.
"Com base em informações iniciais, concluímos que o intervalo entre inspeções deve ser encurtado para as pás ocas do ventilador, que são exclusivas deste tipo de motor, utilizadas apenas nos Boeing 777", explicou o funcionário.
Na sequência do incidente, a United Airlines decidiu retirar do ar 24 aparelhos Boeing 777.
A Japan Airlines (JAL) e a All Nippon Airways (ANA) anunciaram igualmente a imobilização de 13 e de 19 aviões deste tipo, respetivamente.
Segundo órgãos de comunicação norte-americanos, as únicas companhias aéreas que utilizam este modelo estão situadas nos Estados Unidos, Japão e na Coreia do Sul.
O fabricante norte-americano Boeing teve graves problemas nos últimos anos com outro dos seus modelos, o 737 MAX, que esteve imobilizado durante 20 meses devido a dois acidentes que provocaram 346 mortos em seis meses.
Um aparelho daquele tipo sofreu um acidente num voo da Ethiopian Airlines, em março de 2019, que provocou 157 mortos, e numa viagem da Lion Air, na Indonésia, em outubro de 2018, que fez 189 mortos.
Os voos comerciais do Boeing 737 MAX foram retomados em dezembro de 2020, primeiro no Brasil e depois nos Estados Unidos e Canadá, com o primeiro voo comercial na Europa realizado em 17 de fevereiro, pela companhia aérea belga TUI fly.