O acordo de ajuda financeira a Portugal determinou que a banca nacional terá de reforçar os seus rácios de capital para, pelo menos 10%, em 2012.

Hoje, o Banco de Portugal emitiu um Aviso ao sector para que “até ao final de Junho de 2011”, as instituições submetam “ao Banco de Portugal os respectivos planos de capitalização que evidenciem o modo como se propõem cumprir os novos requisitos de capital.”

Até ao final deste ano, os bancos têm de reforçar o rácio “Core Tier 1” para um nível não inferior a 9%, e um ano depois este indicador terá de ser de, pelo menos, 10%.

O acordo com a troika prevê ainda que, em função do perfil de risco das instituições, o Banco de Portugal possa “ser casuisticamente mais exigente em termos de níveis mínimos dos rácios” em questão, realça o supervisor no Aviso hoje emitido.

A União Europeia, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Central Europeu (BCE) vão emprestar a Portugal 78 mil milhões de euros, dos quais 12 mil milhões de euros estão destinados à banca.

Contudo, os cinco maiores bancos a operar em Portugal (CGD, Millennium, Santander Totta, BES e BPI) já salientaram que esperam não recorrer a esta linha de financiamento. E realçam que há outras formas de reforçarem os seus rácios de solvabilidade, nomeadamente através da venda de carteiras de crédito. Algo que já têm estado a fazer.