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AstraZeneca recusa reavaliar proposta da Pfizer apesar das pressões dos accionistas
Têm sido vários os accionistas a defender publicamente que a AstraZeneca deve rever a terceira oferta da Pfizer. A farmacêutica britânica diz que é legalmente impossível considerar uma nova proposta.
Não há volta a dar, garante a Astrazeneca. A farmacêutica britânica recusa-se a reconsiderar a proposta de 69 mil milhões de libras (cerca de 85 mil milhões de euros) apresentada pela Pfizer e já recusada na segunda-feira, 19 de Maio. O argumento é o usual: a oferta da americana subvaloriza o potencial de crescimento previsto para os próximos anos.
Na terça-feira, Leif Johansson, o "chairman" da AstraZeneca, afirmou que era necessário "tornar claro" que um aumento da proposta da Pfizer "é legalmente impossível" – motivo que justifica, por si, o fim das pressões dos investidores. Citado pelo "The Guardian", Johansson "aconselha fortemente os accionistas a não tomar nenhuma acção".
É que, perante a terceira rejeição às propostas da Pfizer, os accionistas da companhia britânica dividem-se no que diz respeito à qualidade da decisão. Os mais descontentes vieram a público defender que a administração da farmacêutica deve rever a decisão, que consideram benéfica para o futuro da empresa.
Outros são os que apoiam a AstraZeneca e acreditam que a empresa pode crescer sozinha tendo em conta os novos tratamentos que estão a ser testados. A farmacêutica já tinha anunciado que, nesse sentido, espera lucros recorde de 45 mil milhões de dólares em 2023.
A Pfizer, diz o "New York Times", não deverá avançar com uma nova proposta para criar aquela que seria a maior farmacêutica do mundo.