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Angola "representa a esperança" no BCP

Conselho reúne-se hoje para designar comissão executiva liderada por Nuno Amado e distribuir pelouros

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O novo conselho de administração do BCP, ontem eleito em assembleia geral (AG), reúne-se hoje pela primeira vez para designar formalmente a comissão executiva liderada por Nuno Amado e distribuir os pelouros dos gestores executivos.

O encontro vai ficar para a história do banco por ser a reunião inaugural do primeiro conselho alargado, em que os investidores angolanos têm representantes directos, como o vice-presidente Carlos Silva, o gestor angolano que "representa a esperança neste banco", nas palavras do presidente da mesa da AG, António Menezes Cordeiro.

Numa AG em que o líder da mesa funcionou como porta-voz dos accionistas, as palavras finais com que Menezes Cordeiro encerrou a reunião adquiriram importância redobrada. "Este ilustre cidadão de Angola representa a esperança neste banco. É um grande amigo desta terra que também é a sua", sublinhou Menezes Cordeiro.

Este elogio funcionou como a confirmação daquilo que representou a AG de ontem: a Sonangol tomou as rédeas do BCP, ao afastar Carlos Santos Ferreira da liderança, ao escolher Nuno Amado para novo presidente executivo e ao indicar cinco dos 20 membros da administração, além de ter representantes no conselho de remunerações e no conselho estratégico internacional.

António Monteiro, novo presidente não executivo do BCP e que tem ligações à petrolífera angolana, defendeu a importância da Sonangol para o BCP e para Portugal. "É um parceiro de referência. Para o banco é importante e também é um sinal do quão importante são as relações entre Portugal e Angola", afirmou o antigo embaixador, no final da reunião de accionistas.

O reforço do poder dos investidores angolanos no BCP vai, em breve, ser acompanhado por um aumento do investimento na instituição. À saída da AG, Carlos Silva anunciou que, "muito provavelmente, a InterOceânico vai reforçar" a sua posição no banco para mais de 2% (hoje está em 1,95%), no âmbito do aumento de capital a realizar até ao final de Junho. Esta sociedade, de que o novo vice-presidente do BCP é líder, tem ligações à Sonangol. E a própria petrolífera deverá aumentar a sua participação, dos actuais 11,6% para uma percentagem próxima dos 20%. Francisco Lemos Maria, presidente da empresa angolana, afirmou na semana passada em Luanda que a decisão nesse sentido será tomada após a assembleia de ontem.

Amado aposta no trabalho para dar a volta ao banco

Por seu turno, o novo rosto do BCP, Nuno Amado, promete empenhar-se na recuperação do banco. "Com trabalho tudo se consegue", afirmou aos jornalistas. Quanto ao possível reforço de investidores, o banqueiro sublinhou que "todos os accionistas são bem-vindos desde que venham para reforçar o banco".

Como avisou António Monteiro, o novo homem-forte do BCP tem pela frente "tempos desafiantes" em que, acredita o "chairman", os membros da comissão executiva "saberão conduzir o banco". Mais uma vez, foi Menezes Cordeiro quem fez a avaliação mais fria: "O desafio é muito complicado. Obrigado ao dr. Nuno Amado por ter aceite".



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