"Passámos algum tempo com a equipa" da Jerónimo Martins "e eles são retalhistas formidáveis, gente notável. Há mais alguma coisa que possamos fazer em conjunto, que faça sentido fazermos em conjunto? Não, mas a relação que temos é uma boa relação".

Foi assim que John Rishton, presidente executivo da holandesa Ahold, com a qual a JM divide o capital da Jerónimo Martins Retalho (JMR), respondeu na quinta-feira passada a James Anstead, analista do Barclays Capital.

Em conferência de apresentação de resultados relativos ao primeiro semestre do ano, o analista aludiu a uma citação, "de há um mês ou dois atrás" do presidente da Jerónimo Martins, Alexandre Soares dos Santos (na foto), dizendo: "que se dão tão bem convosco [Ahold] que estavam a considerar entrar em novos mercados em parceria com a Ahold". A pergunta específica a John Rishton foi: "era algo em que estariam interessados, ou estão cansados de 'joint-ventures', dado os vossos problemas no passado?".

A Ahold, que tem uma posição de 49% na JMR, decidiu em Maio deste ano reverter a sua intenção de alienar a participação minoritária que detém na dona da cadeia Pingo Doce em Portugal. O grupo de distribuição holandês, parceiro da Jerónimo Matins desde 1992, chegou mesmo a retirar a JMR da consolidação das suas contas de 2007 a 2009.

Na quinta-feira passada, John Rishton esclareceu melhor a posição da Ahold face à parceira JM. "Acho que a equipa de gestão da JMR é formidável", afirmou.