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Acionistas da Duro Felguera aprovam entrada da Mota-Engil México e da Prodi

A assembleia geral da empresa espanhola, realizada esta quinta-feira, aprovou por 98% dos acionistas presentes o aumento de capital de 90 milhões de euros que conduzirá à entrada dos novos sócios.

Carlos Mota dos Santos admite atualizar as metas fixadas para 2026.
João Cortesão
13 de Abril de 2023 às 15:43
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A assembleia geral extraordinária da espanhola Duro Felguera, realizada esta quinta-feira para votar o aumento de capital de 90 milhões de euros através de um empréstimo da Mota-Engil México e do grupo Prodi, aprovou a operação por 98% dos acionistas presentes.
 

A aprovação dos acionistas, avançada pelo El Economista, ocorre uma semana depois do Conselho de Ministros espanhol ter autorizado a operação, sendo que a concretização da operação depende ainda da Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNMV) do país vizinho autorizar a isenção de lançamento de uma oferta pública de aquisição.

"Falta ainda a isenção da OPA, mas estimamos que o aumento de capital se concretize antes do verão. A ideia é ir de férias com todo o trabalho feito", disse Rosa Isabel Aza Conejo, presidente do conselho de administração da Duro Felguera, em conferência de imprensa após a assembleia de acionistas, citada pelo El Economista.

Em fevereiro passado, a Duro Felguera anunciou em comunicado ao regulador do mercado de Espanha a assinatura de um memorando de entendimento com a Mota-Engil México e o grupo Prodi para um financiamento de 90 milhões de euros.

Segundo informou, o empréstimo será realizado pela Mota-Engil México, na qual a construtora liderada por Carlos Mota dos Santos (na foto) detém 51% e o mexicano Grupo Prodi os restantes 49%, e pelo Grupo Prodi individualmente.

O empréstimo será de 50 milhões de euros por parte do Grupo Prodi e de 40 milhões pela Mota-Engil México.

Após o aumento de capital que se realizará para integrar o empréstimo, o Grupo Prodi passará a deter cerca de 31% dos direitos de voto na Duro Felguera, enquanto a Mota-Engil México poderá ficar também com uma posição de até 24%, dependendo da subscrição dos atuais acionistas da construtora espanhola no aumento de capital.

De acordo com o comunicado, o Grupo Prodi e a Mota-Engil México pretendem tornar-se "sócios industriais da Duro Felguera de forma permanente", comprometendo-se a manter as suas participações por um período mínimo de quatro anos.

A 5 de abril a empresa tinha já comunicado ao mercado que o Conselho de Ministros espanhol autorizou a atualização do plano de viabilidade do grupo, que em 2021 recebeu um apoio financeiro público temporário no valor de 120 milhões de euros.

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