Notícia
Mota-Engil e Prodi notificam compra de 54,66% da Duro Felguera ao regulador espanhol
Os compradores executaram dois aumentos de capital acordados com o grupo de engenharia espanhol, aumentando o seu capital social em 91 milhões de euros.
O grupo mexicano Prodi e a Mota-Engil México notificaram formalmente a Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNMV) espanhola da aquisição de uma participação de 54,66% na Duro Felguera, um grupo de engenharia especializado em instalações de produção de energia.
Os compradores referem ter executado dois aumentos de capital acordados com o grupo sedeado nas Astúrias, aumentando o seu capital social em 91 milhões de euros.
O site espanhol "El Confidencial" avançou que a Duro Felguera informou na passada segunda-feira o supervisor que José Miguel Bejos, que controla o grupo Prodi, detém uma participação de 54,66% na Duro Felguera através de um acordo de sindicação assinado com a Mota-Engil México, na qual a construtora liderada por Carlos Mota dos Santos (na foto) detém 51% e o grupo Prodi os restantes 49%.
Essas 117,6 milhões de ações estão avaliadas, de acordo com os preços de fecho do mercado a 26 de fevereiro, em 73,75 milhões de euros, refere.
De acordo com o "El Confidencial", a empresa espanhola prevê que a entrada dos seus parceiros mexicanos irá impulsionar a atividade e multiplicar o seu EBITDA por 19, passando de 5 milhões de euros em 2022 para 95 milhões de euros em 2028.
A publicação refere ainda que a empresa prevê que o lucro líquido aumente 13 vezes, para 64 milhões de euros em 2028, sobre vendas de 1,015 mil milhões de euros, oito vezes mais do que os 123 milhões de euros registados em 2022.
Em fevereiro de 2023, a Duro Felguera e o grupo Prodi e a Mota-Engil México acordaram empréstimos no valor de 90 milhões de euros para injetar liquidez na empresa espanhola e impulsionar o seu plano de negócios.
Em outubro, foram desembolsados os primeiros 30 milhões e, em dezembro, os restantes 60 milhões.
Ficou acordado que os empréstimos seriam reembolsados e capitalizados com aumentos de capital, o que permitiria aos investidores mexicanos assumir o controlo da Duro Felguera com cerca de 55% do capital (31% do grupo Prodi e 24% da Mota-Engil México).
A CNMV aceitou, no final de janeiro, isentar a operação da obrigação de apresentação de uma oferta pública de aquisição da totalidade do capital social da Duro Felguera.