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Mota-Engil fecha acordo de 1,2 mil milhões para fábrica de fertilizantes no México

O contrato assinado com o grupo Petróleos Mexicanos visa o desenvolvimento da engenharia, construção, financiamento e operação de uma unidade de produção de amoníaco, ureia e Adblue, sendo o primeiro projeto conjunto da Mota-Engil México com a sua associada Duro Felguera.

O grupo liderado por Carlos Mota Santos cresceu 9% na América Latina.
João Cortesão
16 de Julho de 2024 às 16:44
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A Mota-Engil anunciou esta terça-feira que a sua participada no México assinou um acordo com a Pemex Transformación Industrial, subsidiária da empresa petrolífera estatal Petróleos Mexicanos, para a construção de uma unidade industrial de fertilizantes em Escolín, Poza Rica, Estado de Vera Cruz.

Em comunicado, o grupo liderado por Carlos Mota dos Santos (na foto) adianta que o acordo tem como objeto o desenvolvimento da engenharia, construção, financiamento e operação de uma unidade de produção de amoníaco, ureia e Adblue com uma produção equivalente superior a 700 mil toneladas por ano.

Segundo explica, o projeto será desenvolvido em três fases, sendo que a primeira, com uma duração entre quatro e seis meses, envolve o desenvolvimento de estudos de viabilidade de engenharia, seguindo-se a fase de construção, que se estima em 42 meses, com um investimento de 1,2 mil milhões de dólares (cerca de 1,1 mil milhões de euros ao câmbio atual), a que se segue a fase de operação técnica da unidade durante 20 anos.

"A construção desta unidade reduzirá a importação de fertilizantes e robustecerá de forma relevante a autonomia produtiva do setor agrícola no país, promovendo igualmente soluções de sustentabilidade ambiental, através da redução da emissão de gases poluentes libertados para a atmosfera, que a incorporação de Adblue nos combustíveis promove", afirma a empresa.

A Mota-Engil explica ainda que "este contrato inovador em modelo de ‘tolling’ estabelece que o cliente entrega as matérias-primas principais (gás e água) sendo da responsabilidade do operador a transformação das mesmas e a entrega do produto final, não existindo qualquer risco de variação do preço das matérias-primas e/ou responsabilidade na comercialização do produto final".

No acordo estabelecido, acrescenta, "a remuneração será efetuada através das tarifas correspondentes aos pagamentos por disponibilidade durante o período de operação da unidade industrial de 20 anos, tendo a remuneração do investimento uma tarifa fixa, atualizada anualmente à taxa de inflação, estando a componente de remuneração da operação indexada à performance".

A Mota-Engil México será a empresa responsável pela coordenação global do projeto, integrando a sua empresa associada Duro Felguera, que "aportará a sua vasta experiência e know-how especializado em construção industrial e energia, num primeiro projeto em conjunto".

O grupo afirma ainda que perspetiva futuras parcerias com aquela associada no âmbito da transição energética e em projetos industriais associados ao fenómeno do "nearshoring", onde a Mota-Engil México "pretende posicionar-se como um promotor relevante no reforço da capacidade competitiva do México na região em que se insere", sublinha.

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