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Lucro da Mota-Engil dispara 120% para 113 milhões em 2023

O volume de negócios do grupo ultrapassou os 5,5 mil milhões de euros no ano passado, mais 46% do que em 2022. A carteira de encomendas atingiu os 13 mil milhões de euros, não incluindo contratos no valor de 1,6 mil milhões assinados já em 2024.

A construção da linha 2 do metro de Bogotá seria o contrato mais elevado na história do grupo português liderado por Carlos Mota Santos.
João Cortesão
05 de Março de 2024 às 00:04
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A Mota-Engil obteve lucros de 113 milhões de euros no ano passado, o que representa um aumento de 120% face aos 52 milhões registados em 2022.

Em comunicado, o grupo liderado por Carlos Mota dos Santos (na foto) adianta que o volume de negócios atingiu o valor recorde de 5.552 milhões de euros, mais 46% do que os 3.804 milhões apresentados um ano antes, explicado com "a grande execução na área de engenharia e construção", na qual o acréscimo foi de 54% contribuindo com 4.922 milhões para o volume de negócios do grupo.

No seu conjunto, a atividade na América Latina gerou 2.750 milhões de euros, crescendo 81% face a 2022, na Europa o volume de negócios aumentou 31% para 666 milhões – dos quais 69% em Portugal - e em África a subida foi de 28% para 1.518 milhões de euros.

O EBITDA do grupo aumentou, por seu lado, 55% face ao ano anterior para 837 milhões de euros, com a margem EBITDA a registar um acréscimo de um ponto percentual para 15%, "suportada por uma melhor rendibilidade na área de engenharia e construção", onde o acréscimo chegou aos 74% explica.

Na América Latina, o EBITDA aumentou 133%, em África 43% e na Europa 33%.

 

Obras em carteira atingem 13 mil milhões

No final de 2023, a carteira de encomendas da Mota-Engil somava 12.936 milhões de euros, acima dos 12.566 milhões registados um ano antes, com 6 mil milhões de euros adjudicados só no ano passado.

O grupo faz ainda notar que o valor da carteira não inclui ainda grandes projetos no total de 1,6 mil milhões de euros assinados depois de dezembro de 2023, como é o caso dos 875 milhões de euros em infraestruturas urbanas e obras marítimas em Angola, os 380 milhões relativos ao novo hospital de Lisboa, 275 milhões de euros em dois projetos mineiros no Peru e 100 milhões de euros em infraestruturas no México.


O grupo salienta ainda que os seus principais mercados representam 73% da carteira de encomendas, tendo o México o valor mais elevado (25% do total), seguido da Nigéria (18%) e de Angola (13%).


"A carteira de encomendas é um bom presságio para um fluxo de receitas positivo em 2024 e reflete um rácio confortável de carteira de encomendas/receitas de engenharia e construção de 2,6 anos, sem considerar ainda a entrada de encomendas no valor de 1,6 mil milhões de euros de novos contratos já adjudicados nas primeiras semanas de 2024", afirma o grupo.

No ano passado o investimento da Mota-Engil somou 513 milhões de euros, superando os 351 milhões registados em 2022.


A dívida líquida era, em dezembro passado, de 1.175 milhões de euros, com o rácio dívida líquida/EBITDA a diminuir para 1,4x, "em linha com o objetivo do Plano Estratégico 2026 de ser inferior a 2,0x", frisa o grupo.

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