Notícia
A crise não tira carros da estrada
Os responsáveis das empresas de transporte não têm dúvidas. Os portugueses ainda não estão a trocar o carro pelos meios colectivos, ainda que Fertagus ou CP, por exemplo, tenham transportado mais gente no primeiro semestre.
28 de Julho de 2008 às 00:01
Os responsáveis das empresas de transporte não têm dúvidas. Os portugueses ainda não estão a trocar o carro pelos meios colectivos, ainda que Fertagus ou CP, por exemplo, tenham transportado mais gente no primeiro semestre.
"Crescemos 1% face ao ano passado, mas é um número em linha com a realidade da Fertagus", apontou Cristina Dourado ao Jornal de Negócios. A responsável da empresa com a travessia ferroviária da 25 de Abril, que transportou mais 120 mil pessoas de Janeiro a Junho, diz que "aparentemente" ainda não houve uma "transferência significativa" do transporte individual para o público, apesar da crise. "Mas sem dúvida que irá sentir-se no pós-Verão", prevê.
Opinião igual tem Silva Rodrigues, presidente da Carris. "Vamos ver no pós-Verão" apontou, salientando que "é na 'rentrée' que se costumam tomar as decisões ao nível de transportes". Sobre os primeiros seis meses do ano, diz, "não permitem tirar grandes conclusões", justificando a quebra de 1,26% nos passageiros da Carris - de 118 milhões para 116,6 milhões -, com "a abertura do metro em Santa Apolónia e Terreiro do Paço" e "a reabertura do Túnel do Rossio".
E este "abandono" dos autocarros para o Metro nota-se nos números da transportadora subterrânea da capital. Entre Janeiro e Maio - últimos números disponíveis - o Metro de Lisboa transportou mais 1,47% de passageiros, evolução que, porém, não aponta para uma súbita alteração nos hábitos de viagens diárias dos lisboetas.
Ao nível das ligações urbanas da CP de/para Lisboa, houve também uma subida - a rondar 1% -, tendo a "incumbente" ferroviária transportado 49,4 milhões de passageiros nestas linhas.
"Crescemos 1% face ao ano passado, mas é um número em linha com a realidade da Fertagus", apontou Cristina Dourado ao Jornal de Negócios. A responsável da empresa com a travessia ferroviária da 25 de Abril, que transportou mais 120 mil pessoas de Janeiro a Junho, diz que "aparentemente" ainda não houve uma "transferência significativa" do transporte individual para o público, apesar da crise. "Mas sem dúvida que irá sentir-se no pós-Verão", prevê.
E este "abandono" dos autocarros para o Metro nota-se nos números da transportadora subterrânea da capital. Entre Janeiro e Maio - últimos números disponíveis - o Metro de Lisboa transportou mais 1,47% de passageiros, evolução que, porém, não aponta para uma súbita alteração nos hábitos de viagens diárias dos lisboetas.
Ao nível das ligações urbanas da CP de/para Lisboa, houve também uma subida - a rondar 1% -, tendo a "incumbente" ferroviária transportado 49,4 milhões de passageiros nestas linhas.