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77% das empresas estão a mudar forma como trabalham para poupar na energia

De acordo com o Barómetro Internacional da Inovação 2023, realizado pelo Grupo de consultoria internacional Ayming, a atual crise energética é a maior preocupação das empresas.

As novas medidas tentam proteger indústrias intensivas em gás e exportadoras, como a do vidro.
Paulo Duarte
26 de Outubro de 2022 às 12:37
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De acordo com o Barómetro Internacional da Inovação 2023, realizado pelo Grupo de consultoria internacional Ayming, a atual crise energética e o aumento repentino e dramático dos preços da energia são as maiores preocupação das empresas.

Prova disso é que 77% dos inquiridos estão já a fazer alterações na sua atividade de modo a combater os custos energéticos e mais de um quarto (26%) do total descreveu essas mudanças como radicais.

As empresas estão também a procurar novas maneiras de reduzir custos e a estratégia mais comum (para 44%) passa por procurar formas energeticamente eficientes de poupar.

No entanto, as empresas recorrem igualmente a estratégias mais avançadas e drásticas, como procurar fontes alternativas de energia, no caso de 33% das empresas, ou procurar materiais alternativos – não derivados de combustíveis fósseis, solução adotada por 30% das empresas, refere a Ayming em comunicado. 

Além disso, as empresas estão também a repensar as cadeias de abastecimento, tanto em relação ao sítio onde obtêm os materiais, com 30% a fornecer materiais locais, como em relação à forma como os transportam, com 30% a repensar o seu processo logístico.

No que diz respeito às empresas portuguesas, 67,9% consideram que já fazem Investigação & Desenvolvimento suficiente mesmo que 28,3% admitam que não possuem um orçamento dedicado à inovação. 
 
"Nesta edição do Barómetro Internacional da Inovação, percebe-se que grande parte da Inovação levada a cabo pelas empresas portuguesas é, ainda, financiada por recursos internos, sendo que apenas Espanha ultrapassa Portugal nesta matéria. Tendo os incentivos à Inovação uma divulgação significativa, esta situação poderá ser explicada pela desadequação dos nossos incentivos fiscais a períodos em que as empresas reportem resultados negativos, mas, também, pelo atraso na implementação do Portugal 2030", explica Nuno Tomás, Managing Director da Ayming Portugal.

Outra conclusão a realçar neste inquérito passa pelo "número de empresas em Portugal que ainda não possui um orçamento dedicado à Inovação. "A autoavaliação que é feita pelas empresas portuguesas refere que estas consideram que já fazem I&D suficiente, algo que considero que poderá ser pernicioso, se aliado ao ponto anterior", conclui Nuno Tomás.

A Ayming está presente em Portugal e em mais 13 países na Europa, incluindo França, Espanha ou Itália e na América do Norte, nos Estados Unidos e Canadá.

Para este Barómetro inquiriu 846 (mais 261 em relação à edição anterior) Diretores de I&D e Inovação, Diretores Financeiros, Diretores Executivos e Empresários. As respostas são provenientes de 17 países: Alemanha, Bélgica, Canadá, China, Chéquia, Eslováquia, Espanha, EUA, França, Itália, Hungria, Países Baixos, Polónia, Portugal, Singapura, Reino Unido e República da Irlanda.
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