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10 empresas portuguesas em missão na “Grande Maçã”

Uma missão comercial composta por dez empresas nacionais, promovida pela Associação Empresarial de Portugal, vai estar nos próximos dias em Nova Iorque, a cidade mais populosa e principal centro económico dos Estados Unidos, o primeiro cliente do nosso país fora da UE.

Brendan McDermid/Reuters
23 de Setembro de 2016 às 13:27
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Perante os fortes decréscimos das exportações portuguesas para países em crise como Angola e Brasil, as empresas nacionais estão a reforçar a sua aposta noutros destinos fora da União Europeia, colocando o apetecível mercado dos Estados Unidos no pódio das preferências.

Precisamente para aproveitar o bom momento económico da maior economia do mundo, uma dezena de empresas portuguesas vai estar em missão comercial, entre os próximos domingo e quinta-feira, em Nova Iorque (também conhecida como Grande Maçã), a cidade mais populosa e principal centro económico dos Estados Unidos.

Organizada pela Associação Empresarial de Portugal (AEP), esta missão integra quatro empresa do sector têxtil e do vestuário (as têxteis-lar B. Sousa Dias & Filhos, a Têxteis Giestal e a Têxteis Massal, assim como a de confecção Malhas Queiroga), a fabricante de calçado Amadois, a indústria de equipamento para climatização e ventilação Vieira & Lopes, e quatro empresas açorianas da fileira agro-alimentar  - a Fábrica de Licores Eduardo Ferreira, a Insulac, a Quinta dos Açores e a Arquipélago de Sabores.

"Estas três últimas apostarão na qualidade dos lacticínios e produtos ‘gourmet’ da região para aguçar o interesse dos seus interlocutores, mas todas terão oportunidade de reunir com vários agentes de mercado norte-americanos", realça a AEP, em comunicado.

"Os indicadores económicos mais recentes e as tendências de consumo tornaram os Estados Unidos num mercado apetecível para as empresas portuguesas que produzem com qualidade e têm um posicionamento ‘premium’", adianta Mónica Moreira, directora da AEP Internacionalização, estrutura que operacionaliza o programa associativo "Business on the way 2016", em que se insere esta missão empresarial.

Por outro lado, justifica a mesma responsável, o incremento das vendas aos Estados Unidos pode "amortecer com relativa facilidade as quebras das exportações portuguesas para destinos como Angola e Brasil, onde a descida do preço do petróleo tem tido um impacto negativo nas relações comerciais bilaterais".

Ciclo longo de crescimento das exportações quebrou no primeiro semestre deste ano

Os Estados Unidos são hoje o maior cliente das empresas portuguesas fora da União Europeia, à frente de Angola e logo atrás de Espanha, França, Alemanha e Reino Unido.

Nos últimos cinco anos, as exportações portuguesas para os Estados Unidos cresceram 14,8%, tendo passado de 1.496 mil milhões de euros, em 2011, para mais de 2.567 mil milhões de euros no ano passado – vendas que foram geradas por um total de 2.855 empresas nacionais.

No mesmo período, o saldo comercial foi sempre favorável ao nosso país, evoluindo de 131,1% para 265,8%, já que ao crescimento das exportações correspondeu uma quebra nas importações, que se ficaram pelos 966 milhões de euros em 2015, quando em 2011 haviam chegado aos 1.141 mil milhões.

Porém, segundo dados compilados pela AICEP, no primeiro semestre deste ano as vendas portuguesas ao mercado norte-americano recuaram 6,7% relativamente ao mesmo período do ano passado, caindo de 1.255 mil milhões de euros para 1.170 milhões.

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