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Tribunal britânico solicita documentos e ameaça reinado de Ecclestone na F1

O patrão da Fórmula 1 está acusado de suborno e um tribunal britânico tomou uma decisão que pode atrapalhar ainda mais o futuro de Bernie Ecclestone na liderança da competição que lidera há quase quatro décadas.

Bloomberg
05 de Agosto de 2013 às 17:45
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Bernie Ecclestone é conhecido por não evitar uma briga mas aos 82 anos de idade poderá sofrer uma derrota legal cujo custo é a liderança da F1 e, no limite, uma sentença de até 10 anos de cadeia.

 

O magnata britânico está envolvido em vários processos judiciais e o desenvolvimento mais recente representa um importante revés para o empresário, segundo o “Financial Times” (FT). Um tribunal britânico ordenou, no passado domingo, a divulgação de documentos relativos à venda de 47% da empresa Formula One Group, que controla a emblemática competição do desporto automóvel.

 

O magnata britânico está acusado de suborno a um banqueiro alemão – Gerhard Gribkowsky, que está preso pelo mesmo caso e com julgamento a decorrer – para facilitar a venda parte da Fórmula à CVC Partners.

 

Ecclestone está acusado de ter pago 44 milhões de dólares (33,1 milhões de euros) ao alemão para permitir que a CVC Partners comprasse 47% da Fórmula 1 ao preço de 840 milhões de dólares ao Bayern Landesbank. Contudo, ao final de um ano, a CVC registou a participação no grupo que controla a competição ao justo-valor de 2,8 mil milhões de dólares.

 

O patrão da F1 alega que entregou o dinheiro ao banqueiro para se defender de chantagem sobre uma denúncia de fuga fiscal para a qual o alemão teria forjado provas. A acusação de suborno que pesa sobre Bernie Ecclestone foi apresentada pela empresa de media alemã Constantine Median, porque esta tinha direito a receber uma comissão sobre o valor a que viesse a ser vendido grupo que controla a Formula 1.

 

A pena de prisão por corrupção activa, no Reino Unido, vai até 10 anos. O líder da competição que conta com algumas das melhores marcas automóveis e que percorre cinco dos seis continentes reconhece que a sua liderança da depende do desenrolar deste processo.

 

“O conselho de administração concorda que devo permanecer [na liderança da F1] a menos que seja condenado”,  afirmou Ecclestone, citado pelo jornal britânico “The Guardian”, que recorda declarações mais anteriores: a CVC “deverá ser forçada a livrar-se de mim se os alemães vierem atrás de mim. É bastante óbvio, se eu for preso”, concluiu.

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