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Sporting terá que vender jogadores se falhar empréstimo obrigacionista

Vice-presidente da SAD do Sporting com o pelouro da área financeira não tem dúvidas que será necessário vender jogadores se a procura no empréstimo obrigacionista ficar abaixo dos 15 milhões de euros.

Pedro Catarino
20 de Novembro de 2018 às 11:28
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Faltam dois dias para terminar o período de subscrição de obrigações da SAD do Sporting e o limite mínimo de 15 milhões de euros de encaixe ainda não foi garantido. Caso a operação falhe e esta fasquia não seja atingida, o clube terá que avançar para a venda de passes de jogadores, deixando a equipa menos competitiva.

 

A ideia foi deixada por Francisco Salgado Zenha, vice-presidente da SAD com o pelouro da área financeira, em entrevista à RTP

 

Se o empréstimo obrigacionista falhar "pode haver um acumulado de dívida, menos capacidade para tomar decisões estratégicas e sermos obrigados a cortar, inclusivamente, na actividade desportiva", disse Salgado Zenha.

 

"Claramente pode ficar em causa a competitividade da equipa de futebol e das modalidades", disse o gestor. Quando questionado se o Sporting teria que avançar com vendas de jogadores e mexidas no plantel principal, Salgado Zenha respondeu "sem dúvida".

 

As declarações de Zenha foram proferidas na mesma altura em que o Sporting comunicou à CMVM que até ao final de segunda-feira (19 de Novembro) a procura de obrigações totalizava 11,5 milhões de euros, ainda aquém do mínimo de 15 milhões de euros.

 

"Não necessitamos dos 30 milhões, mas naturalmente necessitamos de uma parte para colmatar parte do reembolso [do empréstimo] anterior", disse o gestor à RTP.

 

A emissão é de 30 milhões de euros, mas a Sporting SAD pretende um mínimo de 15 milhões de euros, sob pena de o empréstimo não ter efeito. Os títulos pagam um juro bruto de 5,25% e o período de subscrição termina na quinta-feira, 22 de Novembro, sendo que hoje as ordens de subscrição tornam-se irrevogáveis (não podem ser anuladas).

 

No prospecto, a SAD assegurava dispor de uma "almofada" de 15 milhões de euros para proceder ao reembolso do empréstimo que vence a 26 de Novembro. Caso a procura fique abaixo dos 15 milhões, a SAD liderada por Frederico Varandas terá de obter financiamento de outra forma para evitar o incumprimento do reembolso da emissão anterior. Emissão essa cujo reembolso já foi adiado da data originalmente prevista, 25 de Maio, para 26 de Novembro, num montante de 30 milhões.

 

No cenário de falhanço da emissão, o Sporting terá que procurar financiamento junto da banca para cumprir o reembolso da emissão anterior.

 

Na entrevista à RTP, Salgado Zenha assinalou que a banca portuguesa está cada vem mais relutante em trabalhar com os clubes.

 

"Dá-me a sensação que o futebol, depois dos recentes acontecimentos - nomeadamente e-toupeira, cashball e Alcochete - pode ter dado algum suporte aos gestores dos bancos para retirarem a confiança no futebol", afirmou.

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