A atleta portuguesa Patrícia Mamona alcançou este domingo a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Tóquio. É a segunda medalha para Portugal nesta competição.
"Estou nas nuvens, sem palavras. Parece tudo surreal. A primeira coisa que me vem à cabeça é o meu treinador, a minha família e este grande país que é Portugal", afirmou em declarações à RTP pouco depois da prova.
Muito emocionada, Patrícia Mamona explicou que "
estava muito confiante na qualificação, muito tranquila". "Sabia que este era um momento muito especial", afirmou. "Só pensei em deixar tudo, dar o meu melhor. Sabia que ia ser duro mas só pensei em dar o meu melhor em saltar", acrescentou a atleta.
A saltadora recordou também as dificuldades que enfrentou no seu percurso e lembrou a críticas de alguns que a achavam "muito pequena" para o triplo salto. "
Fazer parte da equipa dos 15 metros... É estúpido mas quando comecei toda a gente me dizia que não tinha perfil para triplista, que era muito pequena. Agora estou aqui."

A saltadora bateu o seu recorde nacional com um primeiro salto de 14,91 metros, 25 centímetros acima da sua anterior marca pessoal. À quarta tentativa, Patrícia Mamona voltou a superar-se alcançando um voo com 15,01 metros.
Quando se apurou para a final do triplo salto, a atleta portuguesa tinha já dado a entender que faria tudo para alcançar uma medalha. "Q
uando vou para uma final, vou para dar tudo. Não penso em marcas, penso em dar o meu melhor. A marca é consequência disso. (...) Esta é a oportunidade ideal para melhorar o recorde nacional", afirmou nessa altura.
Patrícia Mamona esteve quase a não conseguir ir ao jogos olímpicos depois, de no início deste ano, ter contraído covid-19. A atleta portuguesa t
estou positivo à Covid-19 a 20 de janeiro, que a obrigaram a parar. Teve vários sintomas, da perda do paladar e do olfato a "fortes dores musculares" que a deixavam, em alguns dias, "sem sair da cama", o regresso aos treinos foi gradual, relatou há poucas semanas.
Resultados
A venezuelana Yulimar Rojas alcançou o ouro na prova do triplo salto, ao atingir a marca de 15,67 metros, um novo recorde do mundo. Já antes a atleta tinha batido o recorde olímpico ao saltar 15,41 metros.
Já a espanhola Ana Peleteiro venceu a medalha de bronze, com um salto de 14,87 metros.
Patrícia Mamona, de 32 anos, tinha fixado a melhor marca nacional em 14,66, em 9 de julho último, na etapa do Mónaco da Liga de Diamante, aumentando em um centímetro o recorde que lhe tinha valido o sexto lugar no Rio2016.
A saltadora cumpre a sua terceira presença em Jogos Olímpicos, depois do sexto posto no Rio2016 e do 13.º lugar em Londres2012.