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Governo reconhece apoios escassos aos atletas olímpicos

João Paulo Rebelo, responsável pela tutela do desporto, explicou que os apoios são "sempre escassos porque os meios são sempre escassos", mas salientou que há um esforço "muito grande do Estado em apoiar".

Pedro Elias
18 de Agosto de 2016 às 00:30
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O secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Rebelo (na foto), justificou na quinta-feira a falta de apoio aos atletas portugueses com a dimensão e os recursos de Portugal.

Confrontado com as declarações de Rui Bragança, que minutos antes tinha feito depender a sua continuidade no taekwondo até Tóquio2020 da existência de apoios, João Paulo Rebelo destacou que os apoios existentes por parte do Governo são os possíveis.

"Parto sempre deste princípio: olhar para trás, ver de onde vimos, onde estamos e, obviamente, ter a ambição do futuro. Os apoios são os que um país da nossa dimensão, com os nossos recursos, acho injusto compararmo-nos com outros países", respondeu, quando interrogado sobre a falta de investimento de Portugal no desporto, ao contrário de outros países, como a vizinha Espanha.

"O que me apraz dizer é que, enquanto membro do Governo, não consigo dizer outra coisa que não seja que nós todos gostaríamos que os apoios fossem muito maiores. Agora há uma coisa que tenho certeza absoluta, o Rui Bragança é um desportista e um jovem que é um exemplo, porque é alguém que tem conseguido ter uma carreira dual, consegue ter um percurso académico exemplar e o desportivo que é muito conhecido por todos", enalteceu João Paulo Rebelo.

O responsável pela tutela do desporto explicou ainda que os apoios são "sempre escassos porque os meios são sempre escassos", mas salientou que há um esforço "muito grande do Estado em apoiar".

"Se olharmos para trás, certamente que toda a gente reconhece que já estivemos muito pior. Por isso, o nosso caminho no Governo deve ser esse, o da superação e procurarmos cada vez melhor", reforçou.

O secretário de Estado do Desporto quis ainda realçar o orgulho que sente na prestação portuguesa nos Jogos Olímpicos Rio2016.

"Bem sei que é uma competição e as pessoas querem pódios, medalhas e eu julgo ser minha obrigação lembrar que estamos ao mais alto nível do mundo e portanto estarmos nos 16 primeiros, nos 12 primeiros, nos oito primeiros... Nos três primeiros, obviamente é extraordinário, mas é extraordinário logo a partir dos 16 primeiros. É isso que é fundamental dizer às pessoas. É isso que, com toda a sinceridade, me enche de orgulho", destacou.

Para João Paulo Rebelo, é sua obrigação valorizar "a participação, os lugares e os resultados" dos portugueses no Rio2016, manter um espírito positivo e acreditar que ainda podem surgir mais medalhas para juntar ao bronze da judoca Telma Monteiro.

"Ainda temos algumas modalidades em disputa, os Jogos ainda não acabaram e, de facto, até domingo podemos ter boas notícias. Mas repito e sublinho, já estamos com muito boas notícias", disse.
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