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Godinho reúne-se com trabalhadores do Sporting para falar de situação financeira "complicada"

O Sporting precisa de até 30 milhões de euros para acabar a época, disse hoje o presidente dos leões, para quem a assembleia-geral de dia 9 só veio complicar as contas de Alvalade. Godinho Lopes também culpou essa reunião pelos falhanços no mercado de transferências de Inverno.

01 de Fevereiro de 2013 às 14:17
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O presidente do Sporting Clube de Portugal vai hoje reunir-se com os trabalhadores do clube de futebol para dar conta das “perturbações” financeiras pelas quais a instituição tem passado.


“A situação neste momento, como avisei mês após mês, é naturalmente complicada”, afirmou Godinho Lopes na conferência de imprensa que decorreu hoje em Alcochete, dizendo que irá encontrar-se com os trabalhadores tanto de Alcochete como de Alvalade.

 

A declaração foi feita depois de lhe ter sido perguntado se o presidente do Sporting tem dado avales pessoais ao BCP e BES, entidades com que está a negociar os seus empréstimos, para criar condições para a gestão da entidade.

 

“Não havia dinheiro, mas temos conseguido resolver todos os problemas todos os fins de mês”, disse o responsável do clube de Alvalade.

 

Faltam 20 a 30 milhões até ao final da época

 

“Temos vindo a dizer sistematicamente que não há dinheiro”, declarou Godinho Lopes na conferência de imprensa, salientando contudo que, desde que é presidente do clube, “entraram 108 milhões de euros” nas contas. E não os 100 milhões que se previa serem necessários, frisou.

 

“É evidente que, nesta fase, os investidores pensam ‘vamos parar para ver’”, indicou o presidente, criticando o movimento que marcou a assembleia-geral que pretende destituir a actual direcção e levar o Sporting a eleições. Falando em “problemas graves”, o presidente da SAD verde e branca salientou que tem vindo a aparecer dinheiro e que, agora, só faltam “30 milhões para acabar a época”, ou seja, para cumprir as obrigações financeiras até Junho.

 

Mas Godinho Lopes está preocupado com o futuro devido a esta assembleia-geral. O dirigente leonino culpou mesmo o movimento que a marcou pelos problemas nas contratações de jogadores no mercado de transferências de Inverno que ontem terminou.


A venda de Ricky Wolfswinkel ao Dínamo de Kiev, em troca de duas contratações, foi um dos negócios afectados. As negociações não seguiram em frente porque o clube ucraniano “começou a recuar relativamente aos valores” que ia pagar, por ter percebido a “difícil situação financeira” do Sporting.

 

Além disso, Godinho Lopes também atribuiu à marcação da assembleia-geral do clube o falhanço na contratação de Kléber. O presidente do SCP contou que o banco BMG, dono de 20% do passe do jogador, queria um aval pessoal do presidente para poder vender aquela parte mas as negociações não terminaram.

 

“As perturbações relativamente à vida corrente do Sporting são de elevada gravidade”, continuou o dirigente leonino.

 

Apesar de querer que a assembleia de dia 9 seja desconvocada, Godinho Lopes mostrou-se disponível para ir a votos no final da época. E explicou que isso se deve pelo objectivo de, primeiro, querer reestruturar a empresa.

 

Como tem vindo a dizer, o objectivo do presidente é criar uma distinção clara entre o Sporting movimento associativo e o Sporting SAD (sociedade anónima desportiva). Terá de haver uma reestruturação para, depois, entrar um investidor e limpar o passivo. Mas, disse, só depois de se criarem condições de governabilidade é que entram os investidores.

 

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