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Reunião entre Cimpor e trabalhadores deve ser decisiva para despedimento
A Comissão de Trabalhadores (CT) da Cimpor considera que a reunião desta quinta-feira com a empresa será decisiva para o futuro dos funcionários alvo de despedimento colectivo e vai continuar a defender a sua reconversão como alternativa.
Depois de duas reuniões inconclusivas entre os representantes dos trabalhadores e os da empresa, Fátima Messias, da CT, disse à agência Lusa que o encontro desta quinta-feira, 5 de Novembro, "pode não ser definitivo mas será certamente decisivo para os trabalhadores abrangidos pelo despedimento colectivo".
A CT defendeu na última reunião a possibilidade de reconversão e reclassificação de alguns dos funcionários alvo de despedimento colectivo por considerar que a empresa tem condições para os manter ao seu serviço, noutras funções.
Entretanto, a CT recebeu mais informação por parte da empresa e vai formalizar hoje a sua proposta de reconversão de parte dos trabalhadores.
A CT da Cimpor representa 13 dos 25 trabalhadores alvo de despedimento colectivo, dado que só esses pertencem à Cimpor Indústria, que emprega cerca de 370 pessoas.
Os restantes trabalham em empresas do grupo, mais pequenas, que não têm comissões de trabalhadores.
A cimenteira Cimpor iniciou há três semanas um processo de reestruturação que afectará 1% dos seus trabalhadores, avançando em Portugal com um despedimento colectivo de 25 funcionários, quase todos quadros superiores.
A empresa justificou este despedimento com a "desaceleração económica sentida em geografias chave para a actividade".
O despedimento colectivo terá efeitos no início de 2016 dado que a lei impõe 75 dias de aviso prévio.
A Cimpor está presente em oito países de três continentes e conta com cerca de 9.000 trabalhadores.