A pressão sobre os preços da habitação nova parece não abrandar. O índice de custos da construção de habitação nova estimado para junho situa-se em 3,7% em termos homólogos, o que representa uma aceleração de 0,4 pontos percentuais face ao verificado em maio, indica esta quinta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).

A maior pressão resulta do incremento de 8,4% no custo da mão-de-obra face a junho do ano passado. Já nos materiais a subida foi de apenas 0,1%.

Em relação aos meses anteriores, verifica-se uma tendência de aceleração nos custos da mão-de-obra, depois de variações homólogas de 8,2% em maio e de 8,3% em abril. No custo dos materiais, depois de quebras homólogas de 0,3% quer em abril quer em maio, assiste-se a uma inversão, embora com um aumento de apenas 0,1%.

A subida homóloga de 3,7% no índice de custos da construção de habitação nova é a maior desde março do ano passado.

Entre os custos com materiais, o INE assinala que os consumos de produtos energético, o fio de cobre nu e revestido e os betumes registaram crescimentos homólogos de "cerca de 10%", enquanto os materiais de revestimentos, isolamentos e impermeabilização apresentam uma desde de perto de 15%, tendo a chapa de aço macio e galvanizada e os vidros e espelhos registado um decréscimo em torno dos 10%.