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Mota-Engil fecha contrato de 140 milhões com a Petrobras

Desde o início do ano, América Latina já rendeu 890 milhões de euros à empresa gerida por Carlos Mota dos Santos. Construtora ganha adjudicação de contrato para serviços de manutenção offshore da petrolífera brasileira.

Carlos Mota dos Santos admite atualizar as metas fixadas para 2026.
João Cortesão
07 de Junho de 2023 às 13:31
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A Mota-Engil ganhou a adjudicação de um novo contrato na América Latina, desta feita com a petrolífera brasileira Petrobras. Trata-se de "um contrato para serviços de manutenção offshore, a executar no prazo de 1.490 dias e com um valor de 743 milhões de reais (cerca de € 140 milhões)", revelou a empresa portuguesa em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). 

O contato, adianta também a construtora, é fechado com um consórcio, "maioritariamente detido pela Petrobras" e integra a "estratégia de cooperação de médio e longo prazo em projetos estruturais de clientes Tier 1".

Com esta nova adjudicação, o peso da América Latina nos negócios da empresa gerida por Carlos Mota dos Santos cresce. Segundo o mesmo comunicado à CMVM, desde o início do ano este mercado já rendeu a Mota-Engil um total de 890 milhões de euros em novos contratos.

"Além desta adjudicação [no Brasil], destaca-se, desde o início do ano, a celebração de novos contratos pelas suas subsidiárias na América Latina (nomeadamente no México, no Brasil e no Peru) num total de cerca de €750 milhões, permitindo atingir uma carteira de encomendas na região superior a €5,3 mil milhões, equivalente a 3,5 vezes o volume de negócios de 2022", adianta a constutora.

No mesmo comunicado, a Mota-Engil explica que "com as adjudicações anunciadas e os fortes níveis de produção em curso nos primeiros meses de 2023, o grupo consolida os níveis de atividade a realizar nos próximos anos em patamares historicamente elevados".

Quando assumiu a presidência executiva da Mota-Engil, em entrevista ao Negócios, Carlos Mota Santos adiantou que "a carteira de encomendas de 13 a 14 mil milhões é para manter nos próximos anos" e antecipava "crescimentos expressivos para 2023". 

"Temos vindo, nos últimos anos, a fazer um trabalho de crescimento muito significativo da nossa carteira de encomendas e agora o objetivo para 2026 é de levar à execução essa carteira, que se traduza num aumento de rentabilidade, não apenas em termos de valor absoluto do EBITDA, mas que depois se traduza num aumento de rentabilidade em termos líquidos e de valor para o acionista", explicou na altura.

Carlos Mota Santos referiu também, na mesma entrevista, que o objetivo para 2023 era "novamente superar os marcos que tivemos em 2022". "Temos de nos focar não tanto no crescimento, apesar de o crescimento estar a acontecer também por força das oportunidades, mas essencialmente na rentabilidade."

No ano passado, a
 Mota-Engil registou um resultado líquido de 41 milhões de euros, o que significa um aumento de 69% face aos 24 milhões obtidos em 2021. Em 2022, o volume de negócios atingiu 3.804 milhões de euros, mais 47% face aos 2.592 milhões registados em 2021, o que representa um máximo histórico para o grupo.


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