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Lucros da Mota-Engil recuam 97% para dois milhões em 2017
A forte queda do resultado líquido da empresa de construção explica-se em parte pelos ganhos extraordinários em 2016, que já não se registaram no ano passado.
A construtora liderada por Gonçalo Moura Martins (na foto) reportou lucros de dois milhões de euros em 2017, uma queda de 97% face ao ano precedente – quando registou um resultado líquido de 50 milhões de euros.
Apesar da forte queda dos lucros, este resultado ficou acima das estimativas dos analistas do CaixaBI, que apontavam para um prejuízo de 6,8 milhões de euros.
A empresa de construção já tinha reportado uma quebra acentuada dos seus resultados nos primeiros seis meses do ano. Algo que era explicado pelo facto de em 2016 se terem registado ganhos extraordinários que já não ocorreram em 2017.
Na apresentação disponibilizada somente em inglês no site da CMVM, a Mota-Engil dá conta de um volume de negócios de 2,59 mil milhões de euros no ano passado, sublinhando que as receitas foram bem distribuídas por todas as regiões onde opera. Este valor de facturação superou em 18% o de 2016, quando ascendeu a 2,21 mil milhões.
Já o EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) cresceu 19% em termos homólogos, para 403 milhões, "a reflectir as margens resilientes em África e a evolução positiva na Europa e na América Latina". A margem EBITDA registou um ganho de um ponto percentual, de 15% para 16%.
A empresa sublinha ainda a diminuição de 24% da sua dívida líquida, para 877 milhões de euros.
Nas expectativas para este ano, a Mota-Engil mostra-se optimista: "o crescimento irá manter-se em 2018, sustentado pela carteira de encomendas e por perspectivas comerciais interessantes".