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Covid-19: Construtora Casais teme “impacto igual ou superior ao de 2008”

Com a maior parte dos 4.500 trabalhadores nas obras, a empresa de Braga reconhece que o efeito direto do novo coronavírus é ainda “incerto”, mas já receia uma crise pior do que a anterior, que dizimou o setor da construção.

13 de Março de 2020 às 11:16
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O presidente executivo do Grupo Casais, que emprega 4.500 pessoas de 23 nacionalidades, admite que "nesta data o impacto direto [da covid-19] é incerto", explicando que opera com uma "rede integrada de colaboradores próprios e de parceiros que trabalham" nos seus projetos da área da engenharia e da construção.

 

Porém, "a médio prazo as ondas de choque pela redução de consumo e quebra abrupta de vendas vão ter repercussões na economia que podem conduzir a uma recessão global". "Esse impacto pode ser igual ou superior ao de 2008", antecipa António Carlos Rodrigues.

 

Em declarações ao Negócios, o líder da construtora de Braga, uma das maiores do país e com operações em 17 países, lembrou que está impossibilitada de recorrer ao teletrabalho porque tem a maior parte dos trabalhadores nos locais de obra. Poderá ser uma solução para as funções de "backoffice", estando ainda a "monitorizar" as situações concretas no terreno.

 
Para ter "um único ponto de contacto e tomada de decisão" relacionado com esta ameaça, a Casais criou um comité de resposta. "Maximizar a segurança e o bem-estar das equipas, minimizar os impactos negativos nos negócios, procurar e fornecer informações oportunas, relevantes e claras" são os objetivos fixados por António Carlos Rodrigues.


Fundada em 1958 por António Casais e dois dos seus 10 irmãos, o grupo minhoto registou em 2019 um volume de negócios de 514 milhões de euros, o que representou um crescimento homólogo de 8%. Arrancou a internacionalização em 1994 na Alemanha e no ano passado os mercados externos foram responsáveis por 74% da faturação global.

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