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Construção prevê crescer 4,3% este ano

As construtoras nacionais registam este ano aumentos do ritmo de produção face a 2020, apesar da subida de custos com matérias-primas, energia e materiais. O segmento da engenharia civil irá crescer 6%.

Edgar Martins
07 de Dezembro de 2021 às 12:28
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O setor da construção prevê que o valor bruto da produção cresça este ano, em termos globais, 4,3%, com o segmento da engenharia civil a liderar as subidas, com um acréscimo de 6%.

De acordo com a análise da conjuntura de novembro divulgada esta terça-feira pela AICCOPN - Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas, o segmento dos edifícios residenciais deverá crescer 4,5% e o dos não residenciais 0,9%.

"A generalidade dos indicadores setoriais apresenta uma evolução positiva ao longo do ano", registando o consumo de cimento no mercado nacional um crescimento homólogo de 5,9% até outubro, para 2.868 milhares de toneladas.

Também a área licenciada para habitação pelas Câmaras Municipais aumentou 17,2% nos primeiros nove meses de 2021, em termos homólogos, frisa.

"Tal como em 2020, constata-se uma elevada resiliência das empresas do ramo da construção, que, não obstante as dificuldades operacionais com fatores como os aumentos anómalos dos preços das matérias-primas, preços da energia e dos materiais de construção e a falta de mão de obra qualificada, entre outros, registam aumentos do ritmo de produção face ao ano anterior", salienta.

No segmento residencial, a AICCOPN faz notar que o valor bruto da produção deverá crescer 4,5% este ano, refletindo o comportamento globalmente positivo dos principais indicadores de atividade, como seja o aumento de 25,6% do número de alojamentos vendidos no primeiro semestre, o crescimento de 37,8% do novo crédito à habitação até setembro e a valorização de 9,6% dos valores de avaliação bancária para efeitos de crédito no mês de setembro, em termos homólogos.

Relativamente ao segmento não residencial as previsões da associação apontam para um ligeiro crescimento de 0,9%, em resultado de um comportamento negativo na componente privada, a mais afetada pela crise pandémica, e cujo valor bruto da produção deverá contrair 1% face a 2020.

Já o segmento da engenharia civil deverá registar um aumento de 6% do valor bruto da produção, o que traduz uma aceleração da atividade face ao ano anterior, refletindo o aumento do volume de contratos celebrados, que cresceram cerca de 49% em 2020 e 23,9% nos primeiros 10 meses de 2021, em termos homólogos.

Em 2019 o setor da construção cresceu, globalmente, 6% e em 2020 ficou-se pelos 2,5%. 

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